11/11/1918 – Chega ao fim a primeira guerra mundial
No dia 11 de novembro de 1918 era assinado o Armistício de Compiègne entre os Aliados e a Alemanha, dentro de um vagão-restaurante, na floresta de Compiègne, na França, com o objetivo de encerrar as hostilidades na frente ocidental da Primeira Guerra Mundial. Os principais signatários foram o Marechal Ferdinand Foch, comandante-em-chefe das forças da Tríplice Entente, e Matthias Erzberger, representante alemão. Naquele dia, Foch enviou uma mensagem por telégrafo para todos os seus comandantes: “As hostilidades cessarão em toda a frente no dia 11 de novembro às 11h, no horário da França.”
A chamada Grande Guerra tirou a vida de cerca de 9 milhões de soldados e deixou outros 21 milhões feridos. Indiretamente, morreram vítimas da guerra perto de 10 milhões de civis. Os dois países mais afetados foram Alemanha e França, cada um enviou para os campos de batalha cerca de 80% de sua população do sexo masculino, com idades entre 15 e 49 anos.
Depois do armistício, foi assinado o tratado de paz de Versalhes, celebrado em 1919, no qual a Alemanha, derrotada, era obrigada a reduzir as suas tropas pela metade, pagar pesadas indenizações aos países vencedores, ceder todas as suas colônias e devolver a Alsácia-Lorena à França. Infelizmente, o tratato não iria alcançar o seu objeto. A Alemanha reclamou que tinha assinado o armistício sob falsos pretextos, já que havia acreditado que a paz era uma “paz sem vencedores”, como havia sugerido o então presidente dos EUA Woodrow Wilson. Os anos se passaram, e o ódio ao tratado e aos seus autores estabeleceram um ressentimento latente na Alemanha. Duas décadas depois, estes sentimentos estariam entre as causas da Segunda Guerra Mundial.
11/11/2004 – Morte do palestino Yasser Arafat
O líder palestino Yasser Arafat morria em um dia como este, em 2004, aos 75 anos, na cidade de Clamart, na França. Oficialmente, a razão da sua morte foi a falência múltipla de órgãos, contudo existem algumas controvérsias sobre isso, entre elas a de que ele teria sido envenenado pelo serviço secreto israelense.
Nascido no dia 24 de agosto de 1929, no Cairo, Egito, Arafat foi o presidente da Autoridade Palestina de 1969 até o dia da sua morte e líder da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) por um período semelhante, porém deixou o cargo em 29 de outubro de 2004. Arafat também foi líder da Fatah, um movimento de luta a armada, fundado em 1956. Arafat abandonou as armas em 1982, quando reconheceu o estado de Israel.
Em 1993, ele assinou um acordo de paz com o governo de Israel, mediado pelo então presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton. Desta maneira, os governos se comprometiam a unir esforços para a realização da paz entre os dois povos. Estes acordos previam o término dos conflitos, a abertura das negociações sobre os territórios ocupados, a retirada de Israel do sul do Líbano e a questão do status de Jerusalém. No ano seguinte, foi vencedor do prêmio Nobel da Paz juntamente com os políticos israelenses Shimon Peres e Yitzhak Rabin. Arafat foi casado com Suha Arafat, com quem teve uma filha. Elas moram em Paris e possuem cidadania francesa.
11/11/1997 – Unesco aprova a declaração Universla sobre Genoma Humano
No dia 11 de novembro de 1997, na 29ª sessão da Conferência Geral da UNESCO, foi aprovada unanimemente a Declaração Universal sobre o Genoma Humano e os Direitos Humanos. Depois de 9 anos de preparação, participaram o Comitê Internacional de Bioética (CIB), órgão independente que reuniu personalidades do mundo científico, jurídico, filosófico, político e econômico, além de um Comitê de peritos governamentais de 81 estados membros dos 186 atuais da UNESCO. Define esta Declaração, que o Genoma Humano é fundamentalmente a base da unidade de todos os membros da família humana e do reconhecimento de sua dignidade intrínseca e sua diversidade. Em sentido simbólico, o genoma humano é o patrimônio da humanidade e cada individuo tem direito ao respeito de sua dignidade e direitos, quaisquer que sejam suas características genéticas, respeitando-se o caráter único de cada um e sua diversidade.