Estatísticas apontam que cerca de 13,2 milhões de brasileiros sobrevivem em situação de miserabilidade, com renda mensal inferior a R$90 mensais. Os dados são do cadastro único, obtidos pela Lei de acesso à informação.
Em inúmeros casos, a única renda é proveniente do programa bolsa-família. Idosos adoecidos e sem aposentadoria, acabam inflando as estatísticas da pobreza extrema no Brasil.
De acordo com as métricas, os brasileiros que vivem com renda menor que R$178 mensais estão abaixo da linha da pobreza. Os que sobrevivem com renda de até R$89 mensais, ficam abaixo da linha da extrema pobreza. Segundo informações do cadastro único, 13.283.061 brasileiros são considerados extremamente pobres.
Roraima e Rio de Janeiro lideram a estatística de elevação da pobreza extrema
Somente no Estado do Rio de Janeiro, aproximadamente 83 mil pessoas passaram a ser considerados extremamente pobres de 2018 à 2019. O Estado só perde para Roraima, que tem taxa de crescimento da miséria em 10,5% — o Rio de Janeiro tem taxa de 10,4%.
No Estado de Minas Gerais, 20,9% da população está na linha da pobreza, segundo a Síntese de Indicadores Sociais.
Os dados apontam também que MG tem taxa de instrução a nível superior abaixo da média nacional. Enquanto no Estado a média de mineiros com curso superior é de 13,7%, a taxa nacional fica em 15,7%.
Em sete anos, cerca de 554 mil brasileiro entraram na estatística de extrema pobreza. O Estado de São Paulo concentra a maior taxa de aumento neste período, atingindo 40,7%.
O Nordeste brasileiro tem o pior cenário
A taxa de miserabilidade a cada 100 mil habitantes tem elevados índices no Estado do Piauí (14,087), Maranhão (13,861) e Paraíba (13,106).