Os usuários de smartphones e tablets estão acessando cada vez mais internet móvel e aplicativos. Pesquisas recentes apontam dados curiosos, como o local de onde as pessoas acessam redes sociais, seja do trabalho ou mesmo de dentro do banheiro.
O Social Media Report 2012, levantamento realizado pelo Instituto Nielsen de pesquisas sobre mídia, mostra que o uso de apps aumentou 85% entre julho de 2011 e julho de 2012 entre os americanos (totalizando 101,8 milhões de pessoas). Em relação à internet móvel, o crescimento registrado foi de 82% (resultando 95,1 milhões de consumidores). Os computadores ainda lideram o número de usuários totais, com mais de 204 milhões, mas assistiram a uma queda de 4% no período.
Em geral, os acessos à internet são, na maioria, para redes sociais. A pesquisa aponta que 20% do tempo gasto nos computadores é dedicado a esse tipo de site, enquanto nas ferramentas mobile esse índice sobe para 30% do tempo. Os apps de redes sociais são os que mais ganharam usuários: o tempo de uso aumentou 76% nessas ferramentas, totalizando 40,8 bilhões de minutos (sete vezes mais do que o tempo dedicado via internet móvel).
O Facebook é o favorito dos americanos. Ao todo, 27 bilhões de minutos foram gastos na rede social no período de um ano – para se ter uma ideia, o Twitter, segunda rede social no ranking, consome 3,6 bilhões de minutos. No mapa global do uso das redes sociais, divulgado pela Opera Software em 2012, a rede criada por Mark Zuckerberg também aparece como a favorita dos usuários brasileiros do navegador Opera Mini na plataforma mobile, angariando 60,28% do público – o Twitter, segundo na lista, aparece com 11,96% dos acessos.
Já a rede social que mais cresceu no período foi o Pinterest, que permite o compartilhamento de fotos conforme temáticas. Entre julho de 2011 e de 2012, a quantidade de usuários cresceu 4.225% nos acessos por internet móvel. Em números absolutos, os acessos pelo PC registram 27,2 milhões de usuários únicos. “Enquanto o Facebook e o Twitter continuam entre as mais populares redes sociais, o Pinterest emergiu como uma das estrelas, apresentando o maior aumento tanto na audiência única quanto no tempo gasto”, diz o relatório. Mais de 70% dos usuários são mulheres, e mais da metade tem entre 25 e 49 anos.
Tablets e smartphones conquistam cada vez mais espaço
Enquanto o computador segue como líder entre os meios de conexão (apesar de seu uso ter caído de 97% para 94% entre os usuários), os tablets cresceram significativamente entre as ferramentas utilizadas, evoluindo de 3% em 2011 para 16% em 2012. Os smartphones também registraram alta, de 37% para 46%. Alternativas empregadas pelos usuários para se conectar à internet são tocadores portáteis de música, consoles de games, televisores com internet e e-readers.
Os jovens não desgrudam das redes sociais nem em lugares inusitados: a pesquisa demonstra que 32% das pessoas entre 18 e 24 anos acessam esses sites enquanto estão no banheiro. Já as pessoas entre 25 e 34 anos concentram o uso no local de trabalho: 51%, índice maior do que em qualquer outra faixa etária.
Usuários hiperativos
Além de assistir à televisão, 41% dos que possuem tablets utilizam o dispositivo ao mesmo tempo, para acessar as redes sociais (44%) e sites de compras (45%). Entre os donos de smartphones, esse índice fica em 38%, também com finalidade principal de utilizar as redes sociais. Entre os usuários de 18 a 34 anos, cerca de 25% opinam em seus perfis sobre se gostam ou não do que está passando na televisão.
No cenário global, os asiáticos são os que mais acessam redes sociais pelo telefone (59%) e pelo tablet (28%). Em seguida, vêm Oriente Médio e África: 48% no smartphone e 10% nos tablets. Lá, o nível de interação enquanto se assiste à TV também é alto: 63%. Na América Latina, 33% dos usuários de smartphone acessam as redes durante a programação televisiva, enquanto o número entre os donos de tablets fica em 6%. “O computador pessoal ainda é o centro da experiência com redes sociais, mas os consumidores estão cada vez mais mirando outros dispositivos para se conectar às mídias sociais. Com mais conectividade, os usuários têm mais liberdade para acessar redes sociais onde e quando eles quiserem”, analisa a pesquisa.
Fonte: Terra