Empresas aéreas terão de fiscalizar regras de entrada nos EUA

Agência Brasil

As empresas aéreas serão responsáveis por exigir dos passageiros que viajam do Brasil para os Estados Unidos a comprovação de vacinação contra a covid-19 e de realização de testes capazes de detectar a presença do novo coronavírus, afirmou hoje (26) o porta-voz da embaixada norte-americana no Brasil, Tobias Bradford.ebcebc

“A partir de 8 de novembro, os viajantes que não residam nos Estados Unidos deverão estar totalmente vacinados [para ingressar no país]. Eles deverão apresentar o comprovante de vacinação antes de embarcar para os Estados Unidos, pois as empresas aéreas verificarão o status de vacinação e o resultado dos testes de covid-19”, disse Bradford ao detalhar a jornalistas as novas regras de ingresso nos Estados Unidos.

A Casa Branca anunciou ontem (25) a atualização dos protocolos sanitários para admissão de estrangeiros a partir de 8 de novembro. As regras flexibilizadas estavam em vigor desde o início de 2020, devido à persistência da pandemia.

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Os novos protocolos obrigam os visitantes a comprovarem que completaram o ciclo vacinal estabelecido pelas autoridades sanitárias brasileiras. Serão aceitos comprovantes digitais ou em papel, desde que emitidos por órgão oficial. O documento deverá conter o nome e a data de nascimento da pessoa que vai viajar, bem como as datas em que ela foi vacinada e o nome do imunizante aplicado. A exigência do ciclo vacinal completo não se aplica a crianças e jovens com menos de 18 anos de idade, cidadãos norte-americanos e residentes permanentes que estejam regressando aos Estados Unidos.

“Serão aceitas todas as vacinas que a FDA [do inglês Food and Drug Administration, autoridade sanitária máxima dos EUA] aprovou ou autorizou que sejam usadas em caráter emergencial, bem como as autorizadas pela Organização Mundial de Saúde [OMS]. Isto inclui todas as vacinas que a Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária] autorizou que sejam utilizadas no Brasil”, detalhou o porta-voz, esclarecendo que também serão consideradas completamente imunizadas aquelas pessoas que tomaram doses de vacinas diferentes.

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Os interessados em ingressar nos Estados Unidos, incluindo quem tem menos de 18 anos, residentes permanentes e mesmo os cidadãos norte-americanos, também terão que apresentar resultado negativo para teste de detecção da covid-19 realizado, no máximo, 72 horas antes do embarque – no caso de menores de 18 anos viajando sozinhos, o teste terá que ter sido feito, no máximo, 24 horas antes da partida.

O novo regramento prevê exceções. Quem têm alguma contraindicação médica, como alergia aos componentes das vacinas ou outras condições para as quais a imunização não é recomendada, poderá ser isentado de algumas exigências, em certas condições e desde que apresentem documentos e laudos médicos específicos.

“O primeiro conselho a todos os brasileiros que vão viajar para os Estados Unidos é prestar atenção [às novas regras] e se comunicar com a companhia aérea com que vai viajar”, acrescentou Bradford, destacando que os protocolos se aplicam a todos os países alvos de restrições.

De acordo com o chefe da seção consular da embaixada, Antonio Agnone, caso alguém consiga embarcar mesmo não cumprindo a todas as exigências legais detalhadas no site da embaixada, será barrado ao chegar em território norte-americano. “Por isto, é importante que as pessoas lembrem de tirar todas as suas dúvidas com a companhia aérea com a qual vão viajar, pois as empresas já estão informadas e estão acostumados a verificar se a pessoa está apta a viajar.”

Ainda de acordo com Agnone, as regras se aplicarão a todos os cidadãos brasileiros, incluindo autoridades públicas.

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Vistos

Os representantes diplomáticos garantiram que, ontem mesmo, a embaixada liberou, em seus postos consulares, mais vagas de entrevistas para a análise de pedidos de novos vistos ou renovação. Mas também admitiram que a demanda – e, consequentemente, a espera – já está aumentando. Salvo algumas exceções, o pedido para agendamento estava fechado desde maio de 2020.

“Temos disponibilidade inclusive ainda para este ano […] mas recomendamos que as pessoas que não encontrarem vagas acessem regularmente o sistema de agendamento, pois, dependendo das condições locais, abriremos mais vagas assim que possível”, garantiu Agnone, evitando responder quantas entrevistas a mais a embaixada pretende realizar ainda este ano, e qual a estimativa de tempo médio para que os pedidos de visto sejam respondidos.

“Sabemos que a fila para pedir um visto pode ser muito longa. Por isto, é muito importante que a pessoa que está pensando em viajar entenda que é melhor já se inscrever para pedir o visto, para não correr o risco de perder passagens e dinheiro”, comentou o chefe consular, explicando que, na medida do possível, será priorizada a análise dos pedidos feitos por quem está matriculado em uma instituição de ensino dos Estados Unidos e precisa viajar para estudar.

Quem já tem um visto de viagem válido poderá viajar a partir do dia 8 de novembro apenas observando os novos protocolos. Quem não tem o visto, deve agendar uma entrevista o quanto antes. A recomendação é que as pessoas evitem adquirir passagens para breve, pois a expectativa é que a procura seja grande e retarde a concessão da autorização para viagem.

“Estamos fazendo todo o possível para aumentar a quantidade de pessoas atendidas diariamente, mas temos que pensar na saúde das nossas equipes e do público, atendendo de uma forma que respeite as regras sanitárias”, disse Agnone.

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