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Ex-governador de Minas Gerais, Antônio Anastasia, diz estar ‘indignado’ e quer acareação com policial federal

Central de Jornalismo

PAULO PEIXOTO / BELO HORIZONTE

O senador eleito Antonio Anastasia (PSDB) durante entrevista em Belo Horizonte / Bruno Figueiredo-11.dez.2013/ODIN/Folhapress
O senador eleito Antonio Anastasia (PSDB) durante entrevista em Belo Horizonte / Bruno Figueiredo-11.dez.2013/ODIN/Folhapress

Em nota divulgada nesta quinta-feira (8), o senador eleito Antonio Anastasia (PSDB-MG) se diz “tomado de forte indignação” e “revoltado” por ter seu nome envolvido na Operação Lava Jato e pediu acareação com o policial federal que o acusa de ter recebido R$ 1 milhão do doleiro Alberto Youssef, em 2010.

Reportagem da Folha de S. Paulo desta quinta-feira (8) mostra que, em depoimento à PF em 18 de novembro passado, o policial Jayme Alves de Oliveira Filho, o Careca, disse ter entregue o dinheiro a mando de Yousseff, em uma casa em Belo Horizonte.

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“Em primeiro lugar, registro que não conheço este cidadão, nunca estive ou falei com ele. Da mesma forma não conheço, nunca estive ou falei com o doleiro Alberto Youssef. Em 2010, já como governador de Minas Gerais, não tinha qualquer relação com a Petrobras, que não tinha obras no Estado, ademais do fato de eu ser governador de oposição ao governo federal”, disse Anastasia.

“Estranha-se assim o motivo da alegada entrega de recursos. Por outro lado, pelo que se vê do dito depoimento, também é muito estranho o alegado encontro de um governador de Estado em uma casa que não é sua, com um desconhecido, para receber dinheiro”, acrescentou o ex-governador.

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Na nota, Anastasia diz ainda ter uma vida pública bem conhecida dos mineiros e que seu único patrimônio “é moral, não tendo amealhado bens no exercício dos diversos cargos públicos”. “Sempre tive exemplar comportamento, reconhecido por todos.”

Ele disse ser uma acusação “falsa e absurda” que gera nele “indignação” e “revolta”, e levanta a hipótese de ser uma estratégia dos “culpados” na Operação Lava Jato, envolvendo pessoas da oposição ao PT.

“Não sei o motivo de tal inverdade no âmbito desta operação, mas sem dúvida misturar falsidades com fatos verdadeiros possa ser uma estratégia dos culpados”, disse Anastasia.

Ele ainda acrescenta: “Diante deste depoimento, que tive conhecimento ontem, pelo jornal [Folha], já constitui advogado com o propósito de solicitar o completo esclarecimento do episódio, por todos os meios possíveis, inclusive acareação com o acusador, verificação de qual seria a tal casa, a data deste alegado encontro, o meio de locomoção utilizado e todos os demais elementos para demonstrar, de forma cabal, a inverdade do depoimento”.

No depoimento à PF, o policial disse que, tempos depois de ter entregue o dinheiro, ao ver os resultados eleitorais, identificou que quem ganhou a eleição era Minas era a pessoa a quem teria entregue o dinheiro.

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Foi mostrada, então, uma foto ao policial pela PF. Careca disse que a pessoa que aparece na fotografia “é muito parecida com a que recebeu a mala enviada por Yousseff”.

Anastasia era vice-governador de Aécio Neves (PSDB) e assumiu o governo de Minas em abril de 2010, com a renúncia do hoje senador. Já como governador, ele concorreu à reeleição naquele mesmo ano e foi eleito para o novo mandado, que cumpriu até março de 2014, quando renunciou e se candidatou ao Senado.

Folha de S. Paulo

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