A Prefeitura de Uberlândia encomendou uma pesquisa com usuários da rede municipal de saúde e afirma que aproximadamente 80% dos entrevistados estão satisfeitos com o atendimento das unidades. Será que o povo concorda com o resultado?
Segundo a prefeitura, foram ouvidos 3.162 usuários da saúde pública, para que o governo faça uma avaliação da atual realidade da saúde no município.
A pesquisa foi realizada pelo Instituto Veritá com pelo menos 60 perguntas. Entre elas estava o tempo de espera nas unidades de atendimento. A pesquisa foi realizada entre os dias 22 de fevereiro e 02 de março.
Para a prefeitura o índice de satisfação com os serviços prestados nas unidades de saúde é de quase 80%. Em outra questão, 93,8 % dos entrevistados estariam satisfeitos com o atendimento dos profissonas da saúde nas UAIs.
O intuito da pesquisa é de trazer números para a prefeitura detectar as falhas e melhorar os atendimentos. O prefeito Odelmo Leão comemora os números e fala de desvios de verbas (veja na reportagem).
A pesquisa mostra o lado bom, onde 53,8% se dizem satisfeitos com um todo, e 43,2% querem melhorias.
E se a finalidade da pesquisa é apontar para a prefeitura onde e como melhorar a saúde, nada melhor o que ouvir o povo falando do assunto.
A TV Vitoriosa foi nas portas de uma das UAIs para perguntar aos pacientes o que eles acham. Da mesma forma, o Programa Chumbo Grosso 2ª Edição e o Programa Manhã Vitoriosa, da Rádio Vitoriosa, abriram participação ao público e ninguém se mostrou satisfeito.
Em nota o ex-prefeito Gilmar Machado informou que “sempre defendeu e continua defendendo o Sistema Único de Saúde (SUS). Ele ressalta que, em Uberlândia sempre foi adotado um modelo de terceirização de serviços de saúde. A Fundação Manoel dos Santos era a entidade responsável pela administração do maior número de unidades de saúde do município. Depois de um longo embate durante as duas gestões do atual prefeito (2005 a 2012), a Justiça anulou o contrato entre o Município e a Fundação Maçônica. O legado deixado dessa relação foi uma dívida milionária de passivo trabalhista, que recaiu sob os cofres públicos sem qualquer sanção ou responsabilização da fundação e de seus dirigentes.
Foi justamente para corrigir estes problemas que, em 2013, foi criado a Fundação Saúde do Município de Uberlândia (Fundasus). O ex-prefeito sempre foi contra a privatização da saúde o que querem voltar a fazer em Uberlândia agora com a assinatura deste Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), pois foi justamente este modelo que deixou Uberlândia na 7ª posição entre as cidades brasileiras com o pior Índice de Desempenho do SUS – IDSUS, conforme avaliação do Ministério da Saúde em 2012.
O ex-prefeito ressalta ainda que, ao contrário do que foi dito pelo promotor Fernando Martins, durante toda a sua gestão os investimentos na área da saúde fizeram com que o atendimento da Atenção Primária saltasse de 24 para 54%, isso graças principalmente a ampliação das equipes de atenção primária do município que saltaram de 47 para 74 em apenas 4 anos. Além disso, outro fator importante que merece ser destacado são os investimentos na construção de estruturas. De 2013 a 2016 foram construídas e colocadas em funcionamento 7 Unidades Básicas de Saúde da Família (UBSFs) além de 1 Unidade de Pronto Atendimento (UPA) que foi deixada concluída e equipada para ser colocada em funcionamento, o que não ocorreu com a posse do novo prefeito.
Por fim, o ex-prefeito lamenta que um membro do Ministério Público Estadual esteja utilizando do seu cargo para fazer política.”