Atualizado às 22h38 de 05/08/2018 para inclusão da posição do líder espírita sobre o tema
Editorial — Em um dos momentos políticos mais complexos e incertos da história do Brasil, o Supremo Tribunal Federal — STF — vai discutir o pedido do Partido Socialismo e Liberdade — PSOL, para descriminalização do aborto até a 12ª semana, ou seja, terceiro mês de gestação.
O PSOL entrou com ação no Supremo Tribunal Federal para pedir que sejam considerados inconstitucionais os artigos do Código Penal que criminalizam o aborto — ou seja, o partido quer que a Corte autorize que mulheres grávidas de até três meses abortem a gestação e matem seus filhos.
O Brasil já teve anos e muitas outras oportunidades para discutir este assunto que divide opiniões dos brasileiros, mas o STF decide discutir a ação impetrada pelo PSOL — um partido com pouca ou nenhuma relevância — no mesmo período onde os brasileiros irão tomar decisões para eleger o próximo presidente da República.
Para decidir sobre o caso, o STF ouvirá cerca de 60 especialistas na sala de sessões da Primeira Turma. Entre os participantes estão médicos e religiosos, por exemplo.
Em todas as reportagens publicadas pelo Tudo Em Dia, é vedada a opinião particular e opção política ─ o que não se aplica à um editorial. Portanto, deixamos claro a nossa posição conservadora e pontuamos que a política do aborto é um crime, um assassinato cruel contra inocentes.
Aos que defendem questões de saúde pública — já que muitas mulheres optam pelo aborto em clínicas clandestinas e inadequadas —, a solução é muito simples — basta utilizar meios contraceptivos e evitar a gravidez. O Governo Federal tem o programa da Farmácia Popular, onde anticoncepcionais são distribuídos gratuitamente, além dos postos de saúde municipais que distribuem preservativos.
Grupos feministas defendem que a mulher tem autonomia sobre o seu próprio corpo — isso pode ser verdade — mas a vida da criança que ela carrega, não pode ser submetida aos seus desejos de insanidade.
O Governo Federal insiste em alimentar um fundo partidário bilionário para os partidos políticos, mas não investe em políticas públicas e educação sexual voltadas para a gravidez e doenças sexualmente transmissíveis.
O Tudo Em Dia ouviu líderes religiosos sobre o tema:
“Eu Ivan Barreto repudio o projeto de lei do PSOL que está em debate no Senado Federal, sobre a legalização do aborto no Brasil. Sou um defensor da vida e da família judaica cristã, trabalho em favor da vida e não contra a mesma. Me deparo com inúmeras pessoas com sequelas emocionais advindas de um aborto e entendo que o discurso “libertário” Pós-moderno trata-se de uma falácia que visa somente interesses espúrios de grupos específicos.
O aborto e o massacre dos poderosos contra os inocentes. Ninguém tem o direito de tirar a sua própria vida, e nem uma mãe o direito de tirar a vida de seu filho“, disse o pastor evangélico da Igreja Assembléia de Deus Missão.
O padre Eduardo Santos — líder católico — reafirma sua posição contrária ao aborto. “Sou totalmente contra o aborto“, disse o padre, que fez questão de expor a posição de bispos sobre o tema.
“Unindo sua voz à sensibilidade do povo brasileiro, maciçamente contrário a qualquer forma de legalização do aborto, a Igreja sempre assegurou que ‘o respeito à vida e à dignidade das mulheres deve ser promovido, para superar a violência e a discriminação por elas sofridas’, lembrando que “urge combater as causas do aborto, através da implementação e do aprimoramento de políticas públicas que atendam eficazmente as mulheres, nos campos da saúde, segurança, educação sexual, entre outros, especialmente nas localidades mais pobres do Brasil”, cita documento da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil — CNBB.
Humberto Rodrigues — líder espírita, embasa sua explicação sobre o aborto. “Só em crer que a nossa vinda à Terra é adredemente preparada e que a reencarnação nos é tremendamente cara, como nos ensinam os Espíritos Superiores na questão 132 do magistral ‘O Livro dos Espíritos’. Vejamos: ‘Qual o objetivo da encarnação dos Espíritos? R: Deus lhes impõe a encarnação com o fim de fazê-los chegar à perfeição. Para uns, é expiação; para outros, missão. Mas, para alcançarem essa perfeição, têm que sofrer todas as vicissitudes da existência corporal(…)’ , só desta forma é que faremos de um tudo para manter a vida. Daí o Movimento Espírita organizado e unido em torno do Conselho Federativo Nacional da FEB., lançou ainda no século passado, as Campanhas em Defesa da Vida. Esse foi também o objetivo da editora da FEB., ao organizar o genial livro ‘O Que os Espíritos Dizem sobre o Aborto’. Ainda no livro base do conhecimento espírita, lemos na questão 344 que o espírito reencarnante se liga ao corpo no momento da fecundação. Ali inicia-se, com todo o cuidado, o processo reencarnatório. Neste particular, pedimos licença do leitor amigo para aprofundar um pouco mais, já que faz-se necessário entender um pouco de Direito para se chegar, de forma muito tranquila e natural, que o aborto é crime e que deve continuar a sê-lo na legislação pátria. Mas antes vamos voltar ao LE e na questão 880, Kardec pergunta aos Espíritos Reveladores qual é o primeiro de todos os direitos do homem. A Resposta é clara, direta e cristalina de tal forma que não nos permite tergiversar: “O de viver. Ninguém tem o direito de atentar contra a vida de seu semelhante nem fazer o que possa comprometer sua existência física”, pontuou Humberto.
Não podemos esperar nada de um país que legaliza o assassinato de inocentes.