Quando o HBO Max deixou o Prime Video, serviço de streaming da Amazon, em setembro de 2021, os executivos argumentaram que a decisão, valia a pena ter relacionamentos diretos com todos os usuários do HBO Max para vender assinaturas próprias.
“É importante para nós possuir o cliente”, disse o então gerente geral da HBO Max, Andy Forssell, à Bloomberg na época.
“Se o usuário estiver no aplicativo, podemos personalizar a página inicial para ele. Podemos adaptar o que eles mostram a seguir. Podemos responder a isso em tempo real.”
Após uma fusão, a HBO Max voltou ao Prime Video Channels. A reviravolta é indicativa não apenas de uma mudança estratégica sob uma nova controladora corporativa, mas também da mudança do cenário perceptível aos consumidores.
Ficou claro nos últimos meses que os streamers precisam de novas estratégias para continuar crescendo substancialmente no mercado doméstico maduro e lotado. Isso levou a muita conversa sobre a renovação de contratos, um retorno a algo semelhante ao modelo de TV paga que oferecia vários canais em um único pacote.
O serviço brasileiro Globoplay buscar fazer algo parecido, com venda de conteúdo próprio ou da Tv Globo, aliado a conteúdos de terceiros.
Os pacotes de streaming foram limitados até agora, com serviços compreensivelmente relutantes em serem vendidos junto com os rivais. Mas a demanda por um pacote de assinatura simplificado está se tornando cada vez mais palpável.
Em uma pesquisa recente realizada para a empresa de tecnologia de comércio eletrônico Bango, 72% dos entrevistados – todos americanos usuários de assinatura – disse que há “muitos serviços de assinatura” atualmente no mercado. Quase 80% disseram que desejam uma única plataforma para gerenciar todas as suas assinaturas ou querem a capacidade de pagar por várias assinaturas por meio de uma fatura mensal.