Ao menos oito pessoas morreram carbonizadas após um ônibus bater em um poste em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio, no início da manhã desta quarta-feira (18).
De acordo com a Polícia Militar, com o impacto da colisão um transformador de luz caiu dentro do coletivo e o incendiou.
O ônibus envolvido no acidente é da linha 532, que fez o trajeto Niterói-Alcântara. Segundo os bombeiros, as vítimas ainda não foram identificadas pois os corpos estão carbonizados.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, sete pessoas estão internadas após o acidente. O passageiro Geovane Farias, 20, está internado com queimaduras e o estado dele é considerado grave.
Além de Geovane, ficaram feridos os passageiros José Soares Ferreira, 52, Leandro Fagundes, 35, Anderson Morle, 26.
O motorista do coletivo, Waldiney Rangel, 51, e o cobrador, Angelo Gomes da Silva, 51, também estão internados em estado grave numa clínica particular de São Gonçalo, a São José.
Segundo um representante da empresa Mauá, a manutenção do ônibus estava em dia e o motorista era experiente – Rangel tem 15 anos de empresa e o cobrador, 17. Ambos estão internados com queimaduras, na UTI.
A empresa também afirmou que uma terceira pessoa, uma mulher de 17 anos, que não estava no ônibus, mas testemunhou o acidente, foi internada na clínica São José em estado de choque. O acidente ocorreu na rua Doutor Getúlio Vargas, no bairro Santa Catarina. Peritos estão no local e a guarda municipal orienta o trânsito.
O número oficial de feridos, no entanto, não foi oficialmente divulgado pois algumas pessoas se machucaram sem gravidade e foram atendidas apenas no local do acidente.
Uma das vítimas, William Lemos da Silva, 35, recebeu alta na manhã desta quarta-feira. Ele trabalha como limpador de ônibus na empresa Mauá, dona do veículo, e sofreu queimaduras e escoriações no braço ao quebrar a janela para fugir.
“Só me lembro do ônibus fazendo a curva, batendo no poste e, em seguida, escutei um grande estrondo e a explosão. Minha reação foi quebrar o vidro com um soco e pular. Minha roupa já estava em chamas, rolei na lama para apagar”, afirmou Silva. Ele também disse ter ajudado uma passageira a apagar o fogo de seu corpo.
Folha de S. Paulo