Um adolescente de 15 anos foi apreendido depois de explodir uma bomba de efeito moral dentro de um ônibus escolar, na manhã desta terça-feira (11/4), em João Monlevade, na Região Central de Belo Horizonte. Uma das janelas do veículo quebrou e um carro que passava pelo local também foi danificado.
O motorista do ônibus acionou a Polícia Militar e informou que, ao passar pela Avenida Getúlio Vargas, no bairro Satélite, ouviu um barulho alto vindo dos fundos do veículo. Ao virar para trás, o homem viu que havia uma grande quantidade de fumaça e os alunos estavam em pânico.
Os estilhaços da janela do ônibus atingiram um carro e arranharam a pintura. Apesar do susto, ninguém ficou ferido.
Ao chegar no local, os militares conseguiram identificar o suspeito de ter estourado a bomba. Ele foi apreendido em flagrante por dano ao patrimônio privado.
O jovem afirmou que não tinha intenção de machucar ninguém e só queria fazer uma “brincadeira”. Ele ainda informou que encontrou o artefato no lote em que sua mãe morava, e que pensava que era apenas para “espantar gatos”.
A reportagem procurou a Polícia Civil para saber se um inquérito foi instaurado, mas até a publicação dessa matéria não obteve resposta.
Pânico
O fato da manhã de hoje em João Monlevade causou pânico entre os alunos que estavam no veículo. Além do susto causado pela explosão da bomba, o medo foi engatilhado pelos recentes ataques às instituições de ensino pelo país.
Com o avanço do número de casos de suspeitas de massacres em instituições de ensino e supostas ameaças sendo divulgadas nas redes sociais, a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais informou que as aulas nas escolas estaduais mineiras estão mantidas normalmente. Porém a pasta reforçou que tem investigado todos os casos e pediu que a comunidade acadêmica mantenha a calma.
"Ressaltamos a importância de que todos colaborem no enfrentamento às fake news no ambiente escolar e não compartilhem conteúdos de violência relacionados às escolas – principalmente as informações de cunho duvidoso, sem confirmações de fontes oficiais", diz a nota da Secretaria.