A ex-presidente Dilma Rousseff —que sofreu impeachment em 2016, processo que foi encarado por muitos como um golpe parlamentar— deve ser eleita senadora pelo Estado de Minas Gerais.
A outra grande surpresa é a possível eleição do senador Aécio Neves (PSDB) —que já ocupou o Palácio da Liberdade como Governador de Minas Gerais.
Aécio e Dilma protagonizaram, em 2014, uma das campanhas eleitorais mais sanguinárias e desprezíveis que o Brasil já teve. Após ser reeleita como presidente em 2014, gastando R$ 318 milhões na campanha, Dilma Rousseff, passou a enfrentar uma oposição aguerrida de Aécio. O tucano não aceitou o resultado das urnas e chegou a solicitar uma recontagem de votos ao TSE —o que foi negado.
Em conluio com Eduardo Cunha (MDB) —então presidente da Câmara dos deputados— aprovaram as ‘pautas bomba’ e aceitaram o pedido de impeachment de Dilma. A finalidade era derrubar o governo.
O partido de Dilma, PT, mergulhou o Brasil em uma das mais graves crises econômicas da história do país —envolvimentos em corrupção e desvios de vultuosas quantias de recursos públicos.
O PSDB, partido de Aécio Neves, tratou de embarcar no navio furado do Governo Temer. Michel Temer, por outro lado, é suspeito de ser o verdadeiro dono da mala com R$500 mil, apreendida com o ex-assessor Rodrigo Rocha Loures.
Aécio — que até então era visto como um injustiçado nas urnas— foi protagonista de uma gravação com Joesley Batista — dono da J&F, que controla a JBS. Aécio pedia R$2 mi em dinheiro ao empresário e chegou a afirmar —“Tem que ser um que a gente mata ele antes de fazer delação. Vai ser o Fred com um cara seu. Vamos combinar o Fred com um cara seu porque ele sai de lá e vai no cara. E você vai me dar uma ajuda do caralho”.
FORA DE MINAS
O senador, que disputa uma vaga na Câmara dos Deputados, vai deixar residência no Lago Sul —em Brasília— onde vive com a família.
Dilma Rousseff — que deixou MG aos 20 anos e desprezou o Estado quando foi presidente —, conquanto, é líder nas pesquisas para ocupar uma vaga ao Senado Federal.
PT e PSDB EM MINAS GERAIS
Os dois partidos governam o Estado há quase duas décadas, semelhantemente, mergulharam os mineiros em uma gravíssima crise financeira.
O atual governador — Fernando Pimentel (PT)—, venceu a eleição em 2014 ainda no primeiro turno. Atualmente, o salários de cerca de 600 mil servidores do Estado está parcelado.
Anastasia (PSDB) —’poste’ eleito por Aécio Neves em 2010 —governou o Estado e sacrificou as empresas mineiras. O tucano lidera a pesquisa eleitoral para governar o Estado.
Cabe relembrar que Anastasia — mesmo sendo filiado ao partido que perdeu as eleições presidenciais em 2014 —, surpreendentemente, foi o relator do processo de impeachment de Dilma em 2016.
Finalmente, a grande pergunta — Será que Dilma (PT) como Senadora; Aécio Neves como Deputado Federal e Anastasia (PSDB) como Governador, é uma boa combinação para que Minas Gerais saia da brutal crise?