Um agente penitenciário foi morto a tiros na madrugada deste sábado em Matozinhos, na região metropolitana, após reagir a um assalto. Segundo militares da 11ª Cia da PM, responsável pela área, Wagner Eduardo De Castro Pereira, 31, estava com a noiva, de 29 anos, quando foi fechado por um carro com três assaltantes. Eles efetuaram diversos disparos contra o veículo do agente, que morreu no local. A noiva dele foi encaminhada para um hospital da região. Segundo informações de pessoas próximas à família, seu quadro é estável.
De acordo com o sistema de informações de servidores do Estado, Pereira era agente do Presídio Feminino José Abranches Gonçalves, em Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte.
Ele estava com a noiva em um veículo Gol de cor prata no bairro Presidente quando foi surpreendido por um veículo grande e escuro. Segundo a Polícia Militar, três homens desembarcaram do carro e anunciaram o roubo. Eles tentaram levar a arma do agente, uma pistola de calibre 380. Ao perceberem a tentativa de reação de Pereira, os criminosos dispararam dezenas de vezes contra o veículo. Um dos tiros atingiu o peito do agente, que não resistiu aos ferimentos e morreu.
A PM informou que encontrou diversas cápsulas vazias no interior e ao redor do carro da vítima, mas não soube precisar quantos tiros foram disparados.
Os autores do crime fugiram após os disparos levando apenas a arma do agente. A noiva de Pereira chegou a ligar para o irmão, que mora próximo ao local, pedindo socorro, mas o agente morreu antes de ser socorrido. O veículo dele foi levado para um pátio da cidade de Matozinhos.
Pelas redes sociais, amigos e familiares de Pereira lamentaram a morte do agente. Em uma publicação, uma mulher escreveu: “Conheço esse rapaz desde a infância. Um menino tão bom e cheio de vida. Parece um pesadelo. Onde esse país vai parar?”, questionou.
À reportagem, Diemerson Souza, da Associação Mineira dos Agentes e Servidores Prisionais de Minas Gerais (Amasp), lamentou o ocorrido e afirmou que violência contra agentes tem aumentado no Estado. “Tem que averiguar se se trata de um latrocínio ou de uma execução em razão da função dele como agente penitenciário. Mas fato é que a cada dia mais a violência contra os servidores da segurança pública tem aumentado. Parece que perderam o respeito pela lei e pela execução de pena. Tem que endurecer as penas e coibir de forma severa para que esse tipo de crime não aconteça. Se morre mais no Brasil do que em país em guerra”, afirmou.