Fernanda Resende
Uma estudante de 14 anos foi mordida e teve parte da orelha arrancada por uma colega na manhã desta quarta-feira (27), após se envolver em uma briga dentro da Escola Estadual Deiró Eunápio Borges, em Patos de Minas. Segundo a Polícia Militar (PM), a adolescente estava no intervalo quando entrou numa discussão e acabou ficando ferida. A menina foi encaminhada ao Hospital Regional e o caso foi parar na Delegacia. O G1 (Portal de Notícias da Globo) entrou em contato com a escola, mas nenhum responsável por repassar informações sobre o ocorrido foi encontrado no local. Já a assessoria de comunicação da Secretaria de Estado da Educação confirmou o ocorrido e disse que os professores socorreram a aluna. Os pais dos envolvidos foram chamados e a escola aguarda orientações dos órgãos de segurança e proteção ao menor para saber como proceder, visto que houve lesão corporal. Segundo a PM, seis alunas da escola participaram da briga. Para a polícia, a suspeita de ter mordido a orelha da colega disse que estava com a irmã e, enquanto andavam pelo pátio, a vítima, acompanhada de mais três alunas, começaram a xingá-las. Dentre as ofensas foram relatados termos como “piranha” e “cachorra”. Os militares disseram que após os insultos, o grupo se desentendeu e começou o bate-boca. Consta no boletim de ocorrência que houve chutes, puxões de cabelo, murros e a mordida que arrancou parte da orelha da garota. A versão foi contestada pelo grupo de alunas que estavam com a menina mordida. Elas disseram que a suspeita e a irmã que proferiram os xingamentos e até ameaçaram falando que “iam morrer com uma bala”. E, foi por esse motivo, que segundo as alunas, que elas entraram em luta corporal. A vítima foi encaminhada ao Hospital Regional Antônio Dias para que fosse feita uma sutura e reconstituição da orelha. Contudo, o procedimento não teve como ser realizado e apenas um curativo foi feito. Segundo a assessoria de comunicação do hospital, a adolescente foi atendida e liberada. A assessoria ainda informou que não tem acesso aos prontuários e que por esse motivo não teria como dizer o motivo que a reconstituição da orelha não foi feita. Os envolvidos foram encaminhados à Delegacia de Menores para serem ouvidos. De acordo com a delegada que acompanha o caso, Tatiana Carvalho Paiva, o grupo estava com os ânimos exaltados. “Já havia uma rivalidade a quase um ano entre vítima e suspeita, mas não havia ocorrido nenhum procedimento envolvendo Boletim de Ocorrência”, disse. Ainda segundo Tatiana o caso foi considerado como lesão corporal gravíssima e o caso vai ser levado para o Ministério Público. “O fato causou também danos estéticos a menina e será necessário cirurgia para reparação da orelha”, concluiu a delegada. G1