Alunos da rede municipal de Uberlândia começaram, nesta semana, a ter contato com iniciativa pioneira no país. Por meio de uma parceria entre Secretaria Municipal de Educação e o Instituto Saúde e Equilíbrio, os estudantes que não sabem andar de bicicleta terão aulas práticas da modalidade ministrada por instrutores profissionais. A intenção é que o trabalho aconteça ao longo de todo o ano.
A ação faz parte de dois projetos regulamentados por programas de incentivo ao esporte. O primeiro, denominado BMX Saúde e Equilíbrio III, destinará um instrutor profissional para introduzir, nas aulas de educação física, o conteúdo aos estudantes que se interessarem.
Esta ação também inclui apresentações de ciclismo nas escolas, além de aplicação de conteúdos de sociabilidade e espírito esportivo. As três primeiras escolas a receberem a prática são as Escolas Municipais Irmã Odélcia Leão Carneiro, Inspetora France Abadia e EMEI Cora Coralina.
O segundo projeto faz parte do programa UDI Bike – Bicicletas compartilhadas. Neste, dois profissionais especializados em ciclismo conduzirão as atividades, com seis alunos atendidos em cada aula. Inicialmente, as instituições contempladas são a EMEI Jornalista Fernando Quirino e as Escolas Municipais Professora Gláucia Santos Monteiro e Professor Valdir Araújo.
Benefício a todos
Ambas as iniciativas são coordenadas pelo ciclista Clóvison Alves (Clovinho). Um estudo conduzido por ele chegou à conclusão que 27% das crianças nos anos iniciais de ensino não sabem andar de bicicleta. Em sua concepção, as aulas vão servir para os estudantes aprendam de uma forma supervisionada e segura.
Ainda conforme o profissional, o conteúdo acarretará em diversos outros benefícios aos alunos. “Esta proposta pioneira vai de encontro ao conceito de educação voltada à formação para a vida. O estímulo ao esporte combate o sedentarismo, aumenta a socialização e faz com que a criança se envolva com aspectos produtivos da sociedade”, ressaltou.
Segurança garantida
Os alunos beneficiados terão, preferencialmente, entre 4 e 7 anos, mas poderão atingir crianças de até 12 anos. De acordo com a coordenadora de ensino da Secretaria Municipal de Educação, Liliane Ribeiro da Silva, assim que as primeiras escolas forem atendidas, mais instituições serão contempladas ao longo do ano.
Até o início de março, as equipe estão percorrendo as unidades para apresentar o projeto à classe estudantil antes de começar as aulas de fato. “Tivemos esse cuidado para poder integrar os pais neste processo, autorizando formalmente os filhos a participarem. Tudo será feito com a maior segurança possível a todas as crianças”, comentou Liliane.