A Policia Militar fechou todas as entradas e principais acessos do aglomerado do Sumaré, na região Noroeste de Belo Horizonte, em busca das cerca de 30 a 40 pessoas que incendiaram dois ônibus na avenida Carlos Luz, perto do cruzamento com o Anel Rodoviário, na noite de sexta-feira (9). A ocupação da comunidade começou logo após o protesto e deve durar ao menos dez dias, com o objetivo de coibir também o trafico de drogas no local.
A operação envolve cerca de 60 policiais, incluindo o Batalhão de Ações Especiais, Rotam e Tropa de Choque. Ate helicóptero foi usado na noite de sexta. Os militares já apreenderam uma submetralhadora e um revólver.
Segundo o tenente coronel Flavio Godinho, que coordena a ação, os policiais estão em pontos estratégicos do aglomerado e vistoriam todos que passam e também veículos. “Só não entramos nas casas porque, para isso, precisamos de mandado de busca”, afirmou Godinho.
Segundo ele, a PM já teve acesso a varias câmeras de segurança para identificar as pessoas que queimaram os ônibus. “Elas estao no aglomerado e nosso objetivo é acha-las. A acao é para proteger as familias de bem que moram aqui”, completou o tenente coronel.
Assista momento em que pessoas atacam ônibus em Belo Horizonte:
Protesto
Na noite de sexta-feira, dezenas de pessoas desceram do Sumaré com pedras e paus e fecharam a avenida Carlos Luz. Um ônibus do Move que passava foi parado, e manifestantes jogaram fogo dentro do veiculo. Ninguém ficou ferido. Um segundo ônibus que passava pelo local também foi queimado.
O protesto foi contra a morte de um jovem de 20 anos atingido com um tiro por policiais nesta semana. Moradores alegaram que o rapaz já estava rendido quando foi baleado. Mas a PM afirma que o jovem estava em uma moto e atirou contra a polícia durante uma abordagem para coibir o tráfico. O rapaz não tinha passagem pela policia e, segundo a PM, estava portando uma arma roubada em Matozinhos, na região metropolitana.