Segundo ele, além da perda do benefício de cumprir o restante da pena fora da prisão, seu cliente foi punido com a regressão para o regime fechado.
“Vamos trabalhar para provar que ele não cometeu nenhum crime. Não havia arma com ele e também não teve o suborno. O passo seguinte será tentar reaver o benefício do regime aberto”, disse Camargo.
Cristian foi beneficiado com a progressão de regime após cumprir um terço da pena, tendo demonstrado bom comportamento. Ele ainda passou por um teste para comprovar que estava apto a conviver socialmente. No regime aberto, ele não poderia se ausentar de São Paulo, onde declarou domicílio, sem autorização da Justiça.
Conforme o advogado, ele foi a Sorocaba para se encontrar com uma namorada, mas foi seguido pela ex-mulher. Abordado próximo de um bar, ele teria agredido a ex, que chamou a polícia. Além de R$ 1 mil, Cristian teria oferecido uma moto aos policiais.
O veículo foi apreendido. Nesta quinta-feira, o irmão dele, Daniel Cravinhos, esteve em Sorocaba para tentar a liberação da moto. Ele chegou à delegacia da Polícia Civil na companhia da mãe, Nadja Quissak. Ambos saíram sem falar com a imprensa.
Pena
Os irmãos Cristian e Daniel Cravinhos foram condenados em 2006, junto com Suzane von Richthofen, pelo assassinato dos pais dela, Manfred e Marísia Richthofen, em 2002, em São Paulo. Na época, Daniel era namorado de Suzane e foi sentenciado a 39 anos e seis meses em regime fechado, mas também já deixou a prisão, após ser autorizado pela Justiça a cumprir o restante da pena em liberdade.
Condenada à mesma pena, Suzane aguarda decisão da Justiça sobre pedido no mesmo sentido, feito pela Defensoria Pública de Taubaté.