A Fiat pretende dar início a um novo capítulo de sua história no Brasil a partir desta quinta-feira, 1º. Com o Argo – hatch que substitui ao mesmo tempo o Punto e as versões mais caras do Palio -, a montadora com sede em Betim (MG) almeja lançar não apenas um produto inédito, mas “um carro novo para uma nova Fiat”. Ao menos foi essa ideia que os executivos da empresa tentaram vender durante a apresentação do modelo à imprensa. Essa renovação teria começado com a picape Toro, há pouco mais de um ano, que rapidamente se transformou em sucesso de vendas. Já o Mobi, segundo fruto dessa nova fase, anda patinando – o hatch tem pouco espaço e os emplacamentos não decolaram.
Agora, aparentemente vem outra boa aposta da marca. O Argo mira (e se inspira) em concorrentes como Onix e HB20. Não por acaso, o Chevrolet e o Hyundai são os dois carros mais vendidos do País, e ocupam posições que a Fiat há muito tempo deixou de frequentar, por causa do envelhecimento de sua linha de produtos Modelo mais emplacado em abril da marca italiana, o Mobi aparece na nona posição do ranking. É pouco para uma empresa que liderou as vendas no Brasil de 2003 a 2015.
Para recuperar o mercado perdido, os executivos disseram nas entrelinhas que a partir de agora a Fiat será cada vez menos parecida com a marca que o brasileiro conheceu no passado. A lógica é: se o cliente quer Onix e HB20, o jeito é lançar mão dos mesmos ingredientes que fazem sucesso na concorrência e criar carros gostosos de dirigir. A maioria dos atuais modelos da marca tem, além de estilo ultrapassado, suspensão muito macia e alavanca de câmbio longa, com engates não tão precisos.
Uma das metas do Argo é mudar isso. O hatch chega com três opções de motor (1.0, 1.3 e 1.8), acabamento (Drive, Precision e HGT) e câmbio (manual, automatizado de cinco e automático de seis velocidades). Até o fechamento desta edição os preços sugeridos não haviam sido divulgados, mas deverão ficar entre R$ 47 mil e R$ 70 mil.