O bullying tornou-se um problema de saúde pública.
Para que um indivíduo se desenvolva de forma saudável é necessário haver um ambiente que proporcione condições para isso. Assim, a violência seja física, verbal ou psicológica pode afetar consideravelmente esse desenvolvimento.
O fato se dá em prevalência do fenômeno associado as inúmeras consequências ocasionadas aos sujeitos envolvidos nesse processo, bem como a escola e a sociedade em geral.
O bullying engloba três condições fundamentais relacionadas com o comportamento agressivo. A repetição do ato de intimidação física ou psicológica, o comportamento intencional de causar mal-estar e a desigualdade de poder físico ou psicológico entre o agressor e a vítima.
O bullying pode se apresentar de forma direta quando os comportamentos abrangem agressões físicas, apelidos, roubos, ofensas, expressões ou gestos que provoquem mal estar dentre outros, ou de forma indireta quando há exclusão e/ou isolamento intencional da vítima, bem como difamação e indiferença.
Embora exista a suposição de que as vítimas dessa violência sejam aquelas que apresentam diferenças físicas, os fatores podem ser outros. Diversas pesquisas revelam que de uma forma geral essa não seria a causa para a ocorrência do fenômeno. A ansiedade, insegurança, baixa autoestima e carência de amigos, fatores de predisposição para se tornar vítima.
ESTATÍSTICAS
Uma pesquisa de 2012 revelou que 20,8% dos escolares brasileiros praticam alguma forma de bullying. Ainda de acordo com a pesquisa, 7,2% dos estudantes sofrem bullying. Os dados PENSE — Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar.
Estas estatísticas nos mostram um quadro preocupante não só para os professores, mas para os demais profissionais de saúde. Esse fenômeno traz diversas consequências para esses alunos, refletindo não somente em seu desempenho escolar, mas também no seu desenvolvimento psicossocial e em sua saúde como um todo.
Antigamente o bullying não era diferenciado de brincadeiras sendo de certa forma banalizado. Atualmente entende-se que essa diferenciação se dá por meio da existência de sofrimento ou não. Se existir esse sofrimento, configura-se como bullying e não como brincadeira.
O bullying é uma violência cruel e está presente em praticamente todos os ambientes escolares. Cabe à escola como instituição de extrema importância no desenvolvimento social de crianças e adolescentes, passar a corresponder as demandas emergentes como o bullying. A instituição deve desenvolver estratégias que identifiquem o fenômeno e se possível, diminuam sua frequência.
Além do mais, faz-se necessário também que os pais estejam mais atentos aos sinais apresentados por seus filhos. Os pais devem oferecer a eles amparo familiar através de atitudes como acolhimento e diálogos com reflexões críticas a respeito da violência e o enfrentamento de situações como essas, podendo assim diminuir os riscos que cercam as vítimas de bullying.