Julio Wiziack / Mariana Carneiro
O secretário da Receita Federal, Marcos Cintra, 74, quer acabar com a contribuição previdenciária que incide sobre a folha de pagamentos e criar a Contribuição Previdenciária (CP), um tributo que vai incidir sobre todas as transações financeiras, bancárias ou não, com alíquota de 0,9% e rateado entre as duas pontas da operação (quem paga e quem recebe).
Segundo o secretário, até fiéis de igrejas deverão pagar o imposto quando contribuírem com o dízimo.
“Isso vai ser polêmico”, reconhece. “A base da CP é universal, todo o mundo vai pagar esse imposto, igreja, a economia informal, até o contrabando”, afirma.
Por volta das 09h30 da manhã desta segunda-feira (29), o presidente Jair Bolsonaro veio a público e desmentiu a criação de um novo tributo. Assista:
– Nenhum novo imposto será criado.
– Jair Bolsonaro, PR. pic.twitter.com/WCi1ohQl7b
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) 29 de abril de 2019
Na reforma tributária que está elaborando, o novo tributo substituirá a contribuição previdenciária sobre os salários, que drena R$ 350 bilhões por ano de empresas e trabalhadores.
“Vai ser pecado tributar salário no Brasil”, disse.