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Atlético luta, mas não consegue vencer bloqueio da Chapecoense na Copa do Brasil

Central de Jornalismo

Ricardo Oliveira tentou algumas vezes, mas não conseguiu vencer forte sistema armado pela Chapecoense Fonte: Alexandre Guzanshe/E.M/D.A.Press

O Atlético tentou do início ao fim do jogo, mas não conseguiu furar o bloqueio armado pela Chapecoense na noite desta quarta-feira. O time alvinegro esbarrou nas duas linhas de quatro jogadores montadas por Gilson Kleina e ficou no empate sem gols no Independência, na partida de ida das oitavas de final da Copa do Brasil.

A primeira etapa começou com pressão alvinegra. O Atlético criou e deu sustos nos catarinenses, especialmente nos 20 minutos iniciais. Daí em diante, a Chapecoense ajustou a marcação e segurou o 0 a 0, apesar de ter ficado com a bola em apenas 32% do tempo.

O cenário da etapa complementar foi bem parecido com o que se apresentou nos minutos finais da primeira metade do jogo. O Atlético insistia e até conseguiu finalizar, mas foi vencido pela forte marcação dos rivais. No fim das contas, os jogadores alvinegros deixaram o gramado do Independência aplaudidos pelos torcedores, apesar da igualdade mantida no placar.

A partida de volta será na Arena Condá, em Chapecó. O duelo está marcado para o dia 16 de maio, uma quarta-feira, às 19h30. O time que vencer avança. Empate leva a decisão para os pênaltis.

Atlético e Chapecoense voltam a campo no final de semana, pela quarta rodada do Campeonato Brasileiro. O time mineiro visita o São Paulo, no Morumbi, a partir das 19h deste sábado. Na segunda-feira, às 20h, é a vez de os catarinenses receberem o Paraná, na Arena Condá.

Muita posse, nenhum gol

Como esperado, o Atlético pressionou a Chapecoense no começo da partida. O caminho encontrado pelos donos da casa era claro: o lado esquerdo da defesa rival. A trinca formada por Patric, Otero e Gustavo Blanco travou – e ganhou – duelos contra Márcio Araújo, Bruno Pacheco e Elicarlos.

Os primeiros 20 minutos foram de domínio alvinegro, que manteve a posse de bola, esboçou contra-ataques e criou uma boa chance em uma jogada aérea. Gabriel, entretanto, cabeceou para fora. Jandrei, salvador no empate sem gols contra o Palmeiras, não precisou trabalhar tanto.

A Chapecoense repetia, em Belo Horizonte, a estratégia que deu certo em São Paulo. As duas linhas de quatro – a segunda delas composta estritamente por volantes de origem – pretendiam dar solidez à defesa, mas sofriam com investidas dos meio-campistas alvinegros. No ataque, a principal chance dos visitante foi em um cabeceio de Arthur Caike, que parou nas mãos de Victor, aos 24’.

Daí em diante, o Atlético ficou com a bola – tanto é que terminou o primeiro tempo com impressionantes 68% de posse -, mas não conseguiu criar tanto. Já na reta final, Apodi e Róger Guedes disputaram espaço na área. A torcida pediu pênalti, mas o árbitro Paulo Roberto Alves Júnior mandou o lance continuar. Na sequência, Ricardo Oliveira finalizou para fora uma boa oportunidade para o time alvinegro, que sofria com a forte marcação da Chapecoense.

Pressão, cera e igualdade mantida

Tática e tecnicamente, o início do segundo tempo foi muito parecido com a segunda metade da primeira etapa. O Atlético tinha a bola, mas encontrava dificuldades para romper as linhas rivais. O resultado? Chances de gol criadas, mas nenhuma defesa difícil do goleiro Jandrei.

Para tentar mudar o cenário, Thiago Larghi promoveu duas alterações de uma só vez. Aos 17’, entraram Cazares – recuperado de lesão na coxa esquerda – e Elias nos lugares de Adilson e Gustavo Blanco, respectivamente. Do outro lado, Gilson Kleina respondeu ao colocar Guilherme em campo. Canteros saiu.

A pressão alvinegra aumentou. Com Cazares pela esquerda e Róger Guedes mais avançado, o Atlético tentava imprimir velocidade ao jogo. Satisfeita com o empate, a Chapecoense mantinha as linhas bem postadas e, naturalmente, ‘catimbava’ o jogo.

Os visitantes chegaram com perigo aos 36’. Após cobrança de falta pela esquerda, Wellington Paulista finalizou firme e exigiu boa defesa de Victor. Daí em diante, a Chapecoense sofreu menos. No fim das contas, empate sem gols mantido até o fim – e Atlético aplaudido pela torcida, apesar da igualdade.

ATLÉTICO 0 x 0 CHAPECOENSE

Atlético

Victor; Patric, Leonardo Silva, Gabriel e Fábio Santos; Adilson (Cazares, aos 17’ do 2ºT); Otero, Gustavo Blanco (Elias, aos 17 do 2ºT), Luan (Matheus Galdezani, aos 32’ do 2ºT) e Róger Guedes; Ricardo Oliveira

Técnico: Thiago Larghi

Chapecoense

Jandrei; Apodi, Rafael Thyere, Douglas e Bruno Pacheco; Canteros (Guilherme, aos 21’ do 2ºT), Amaral, Elicarlos e Márcio Araújo (Vinícius Freitas, aos 46′ do 2ºT); Arthur Caike (Júnior Santos, aos 32’ do 2ºT) e Wellington Paulista

Técnico: Gilson Kleina

Cartões amarelos: Luan, aos 20’, e Patric, aos 35’ do 2ºT (ATL); Jandrei, aos 40’, e Apodi, aos 44′ do 2ºT (CHA)

Motivo: jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil

Local: Independência, em Belo Horizonte

Data e hora: quarta-feira, 2 de maio de 2018, às 19h30

Público: 19.476 torcedores

Renda: R$ 251.225,00

Árbitro: Paulo Roberto Alves Junior – PR (CBF)

Assistentes: Rafael Trombeta – PR (CBF) e Pedro Martinelli Christino – PR (CBF)

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