O réu Iron Guilherme Alves, acusado de assassinar a tocantinense Kesia Freitas Cardoso em Uberlândia, será ouvido pela Justiça em dois meses. A audiência de instrução e julgamento foi marcada para o dia 22 de setembro, às 14h, no Fórum Abelardo Penna, em Uberlândia. Além dele, serão ouvidas as testemunhas. Ao fim dos trabalhos, o juiz poderá proferir a decisão ou publicar a sentença posteriormente.
Segundo o advogado de defesa, Adriano Parreira, ao todo serão ouvidas oito testemunhas de acusação e três de defesa. “Acredito que pela complexidade do crime, a audiência será mais demorada e o juiz não deverá julgar no mesmo dia”, considerou.
O assassinato ocorreu no dia 16 de janeiro deste ano e o corpo da vítima foi encontrado três dias depois dentro de um latão de lixo, no Bairro Distrito Industrial. A garota que, além de empresária também era garota de programa, estava na cidade mineira a trabalho.
Durante as investigações da Polícia Civil, Iron, de 23 anos, confessou o crime e contou que tudo começou a partir de
uma discussão devido ao preço combinado pelo programa com a vítima durante uma hora. Após o desentendimento, ele disse em depoimento que Kesia o atacou pelo pescoço e ele reagiu utilizando uma faca.
Como o jovem não tinha passagens pelo sistema criminal, não havia sido pego em flagrante e não havia nenhum mandado de prisão contra ele, por isso não foi detido na época. O inquérito foi finalizado em fevereiro e remetido ao Ministério Público Estadual (MPE)
Família pede por justiça
O irmão de Kesia Freitas, Hillson Freitas, conversou com a reportagem no último dia 13 de julho e falou da dor da família nesses seis meses de perda. “É um absurdo ver o homem que matou a minha irmã solto. O mínimo que esperávamos era que ele não estivesse em liberdade”, contou.
Hillson acrescentou que para a família nada justifica a impunidade e que eles enxergam Iron Guilherme como um risco para a sociedade. “Sentimos mal em ver uma pessoa que fez o que fez vivendo uma vida normal e nós vivendo uma vida de sofrimento e de dor, implorando por justiça. Quem fez uma vez, pode fazer outra”, ressaltou.
O irmão da vítima disse ainda que familiares e amigos estão organizando uma viagem para Uberlândia para fazerem uma manifestação pedindo por respostas, pela prisão do apontado no crime. “Em breve vamos sair de Tocantinse mais uma vez pedir por justiça em Minas Gerais. A intenção é fazer uma manifestação no Fórum de Uberlândia”, concluiu.