CAPINÓPOLIS, MINAS GERAIS – Um debate acalorado sobre a legislação de trânsito em Capinópolis marcou a audiência pública realizada na noite da última terça-feira (07). Participaram da audiência os representantes da Comissão Municipal de Trânsito, representantes do Poder Executivo, Legislativo, Polícia Militar, empresariado e Polícia Civil e população.
A audiência foi iniciada pelo presidente da Comissão de Trânsito, Augusto Amaral e teve o objetivo de debater alterações no trânsito no município com os setores da sociedade. Entre as propostas, estão a alteração do sentido de tráfego de algumas ruas e avenida, que passarão a ter mão única, como a avenida 115, em frente à Escola Municipal Higino Guerra. O local tem um trânsito caótico no horário de entrada e saída de alunos – filas duplas e alguns pais chegam a estacionar veículos na faixa de pedestre que foi sinalizada na porta da escola.
Veja algumas ruas e avenida que poderão ter seu sentido alterado
A audiência pública foi mediada pela arquiteta urbanista e secretária de planejamento Lussane Priscinote e pelo vereador Edward Sales Moreira – que integram a Comissão Municipal de Trânsito. O convite a toda a população para participação no evento foi realizado em toda a cidade por meio de propago de rua e nas redes sociais, mas o presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Capinópolis, Wesley Barbosa questionou o motivo de não ter sido convidado para o evento, já que é representante de classes. A mediadora explicou que não foram feitos convites individuais.
Em outro momento, Barbosa diz, em tom incisivo, que a classe de produtores rurais é responsável por mais 89% dos recursos do município e mesmo assim, a classe é penalizada por burocracias e impostos. Ao presidente, foi dito que o comércio também sofre com burocracia e altos encargos.
Produtores rurais e transportadores de areia e argila levantaram o debate sobre o trânsito no bairro Ideal I e II. Moradores querem que o decreto 3.471 de 11 de Setembro de 2012, assinado pela prefeita Dinair Isaac, que proíbe o trânsito de caminhões, tratores, reboques em perímetro urbano, continue valendo. Segundo os moradores, grandes rachaduras ocorrem nas residências do bairro Ideal devido ao tráfego de veículos pesados e máquinas agrícolas. Os produtores com propriedades rurais próximos ao bairro Ideal ressaltam as dificuldades de terem que desenvolverem o trajeto alternativo, que passa por uma estrada que dá acesso à MGC154 – próximo ao campo de aviação– para depois terem acesso à oficinas mecânicas na cidade.
“O tráfego de caminhões está causando a deterioração do asfalto, danos às fundações dos prédios residenciais, poluição sonora e poluição do ar”, diz trecho do decreto 3.471. (veja o decreto na íntegra)
Ao final, sugestões foram registradas para que possam ser estudadas em um novo encontro.
Ouça as entrevistas: