O início do ano letivo vem junto com muita preparação e expectativa por parte de pais e alunos. Envolve compra de material, contratação do transporte escolar e, para os novatos, um intenso e difícil período de adaptação. Pois mal as aulas começaram na rede municipal de Belo Horizonte nesta semana, e todo esse ritmo será quebrado por uma paralisação marcada para os dias 19 e 20 de fevereiro, uma semana após o Carnaval – que já dará uma quebra no calendário.
Os professores e demais profissionais das escolas e unidades municipais de Educação Infantil (Umeis) decidiram cruzar os braços nesta quinta-feira (8), em assembleia promovida pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte (Sind-Rede BH). No dia 20, haverá outra reunião da categoria para votar o indicativo de greve por tempo indeterminado.
A pauta de discussão dos trabalhadores inclui uma lista grande de insatisfações e reivindicações. No dia 19, a paralisação é contra a Reforma da Previdência e pode ter ainda adesão de outros setores do serviço público.
No dia 20, o movimento é para reivindicar melhorias salariais e de condições de trabalho. Os profissionais reivindicam o reajuste do piso nacional da educação, que neste ano é de 6,81%. Além disso, cobram que a data-base (data da correção salarial) seja mantida em janeiro. “A proposta do prefeito é apresentar uma proposta só em agosto, e não aceitamos isso. Não há compromisso nem valorização da educação”, afirmou o diretor do Sind-Rede BH, Wanderson Rocha.
A categoria pede também a unificação da carreira da educação infantil com a educação fundamental, incluindo equiparação do salário e dos níveis de progressão da carreira, além do mínimo de 7 horas de planejamento de aulas (hoje são 5 horas) e manutenção do atual modelo de avaliação de desempenho.
No meio da tarde desta quinta-feira (8), a Secretaria Municipal de Educação (Smed) informou que não tinha conhecimento do indicativo de paralisação. Ao término da assembleia, no início da noite desta quinta-feira, ninguém da prefeitura foi encontrado para comentar o assunto.
Fonte: O Tempo