As chuvas fortes em janeiro reduziram a seca nos estados de Minas Gerais, Espírito Santo, Tocantins, Maranhão, Piauí, Bahia e Ceará. As informações são do projeto Monitor de Secas da Agência Nacional de Águas, a ANA.
Enquanto isso, a seca avançou nos estados de Alagoas, Paraíba, Sergipe e parte do Tocantins.
A superintendente adjunta de Eventos Críticos da ANA, Ana Paula Fioreze, explica o monitoramento realizado no começo do ano.
“Em algumas regiões houve precipitação muito superior à média, e isso levou a uma redução significativa da seca, principalmente em Minas Gerais, Espírito Santo e parte da Bahia. Algumas poucas regiões mais próximas do litoral tiveram aumento de seca porque as precipitações foram um pouco inferiores. O mesmo aconteceu no Norte do Tocantins, onde também houve precipitação abaixo da média. Mas o que o monitor considera não é só precipitação, há outras variáveis envolvidas na construção dos indicadores”.
Ana Paula Fioreze fala que o projeto também monitora os impactos da seca no país.
“Os impactos de curto prazo são aqueles primeiro sentidos quando há uma seca na região. Por exemplo, perda em lavouras, principalmente as culturas de ciclo curto. Conforme a seca vai se estabelecendo por mais tempo, outras culturas mais perenes são atingidas, a produção agropecuária é atingida e as reservas hídricas, principalmente, são atingidas. E esses impactos de longo prazo são os últimos a regredirem”.
O Monitor de Secas hoje acompanha todos os nove estados do Nordeste, Minas Gerais, Espírito Santo e o Tocantins. A previsão da ANA é que até 2025 ele esteja monitorando a situação em todos os estados do país.
A ferramenta reúne todas as informações sobre a estiagem nessas regiões. O objetivo é compreender como o fenômeno se configura no país e ajudar nas políticas públicas de combate à seca.