Um dos “barões” do jogo do bicho em Varginha, no Sul de Minas, foi condenado a dois e quatro meses em regime fechado por sonegação fiscal no valor de R$ 6 milhões. A decisão é em primeira instância.
Ele e outros integrantes de uma quadrilha foram presos na operação Jackpot, deflagrada em 26 de novembro de 2013 pela Polícia Federal, Ministério Público Estadual e Receita Federal. A investigação apontou que a quadrilha praticava ainda lavagem de dinheiro e corrupção policial.
Naquela época, foram cumpridos 38 mandados de prisão temporária, 37 mandados de busca e apreensão, um de condução coercitiva, além de sequestro de bens móveis e imóveis, adquiridos com os proventos das infrações.
“O barão do jogo era o bicheiro que comandava o esquema e os gerentes de fortaleza eram os responsáveis pelo recebimento do dinheiro e das apostas que vinham pelos recolhedores que passavam em motos por todos os pontos onde havia cambistas. Participavam do esquema também comerciantes, que recebiam até 25% do lucro líquido dos jogos”, informou a Receita Federal.
O esquema favorecia também algumas empresas “de fachada”, que foram utilizadas para a lavagem do dinheiro obtido com os jogos de azar. As investigações apontam que eles compravam e vendiam imóveis e a partir destas atividades, traziam de volta o dinheiro para a circulação entre eles, sem declarar os rendimentos à Receita Federal do Brasil.