O motorista de 26 anos que atropelou três pessoas na madrugada desta sexta-feira (20) na avenida Raja Gabaglia, no bairro Santa Lúcia, região Centro-Sul de Belo Horizonte, estava com 32 pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH), o que o impossibilitava de dirigir. Pela lei, motoristas têm a CNH suspensa quando atingem 21 pontos por infrações de trânsito.
Felipe Robson Gordiano foi autuado por embriaguez ao volante, lesão corporal e fuga do local do acidente, segundo informou a Polícia Civil. O motorista bateu em outros carros antes de atropelar pedestres na avenida. Gordiano foi preso e não poderá pagar fiança para deixar a cadeia, de acordo com decisão da polícia. A CNH dele foi apreendida e bloqueada.
Uma das vítimas do atropelamento recusou ajuda médica, porque teve apenas ferimento leve na perna. As outras duas foram socorridas por testemunhas.
Caso
A soldado Juliana Dias, do 5º Batalhão da PM, disse que a corporação foi acionada nesta sexta-feira (20) por volta das 4h para atender a uma ocorrência de um atropelamento envolvendo um Citroën C4 Pallas de cor prata na Raja Gabaglia. No caminho, os policiais receberam a informação de que o suspeito já tinha ido embora e estava no Anel Rodoviário. Chegando lá, o carro do motorista bêbado estava parado às margens da via, perto de um radar, bastante danificado e sem um dos pneus. O condutor era agarrado pelas testemunhas que o seguiram.
“As testemunhas disseram que estavam em um forró na Raja Rabaglia e presenciaram um colega ser atropelado pelo suspeito no C4 Pallas. Elas foram atrás dele e o alcançaram no Anel. Acreditamos que o motorista só parou porque o veículo estava com a parte da frente toda destruída, com danos generalizados. As testemunhas seguraram ele até a gente chegar”, afirma a soldado.
De acordo com a PM, o suspeito se recusou a fazer o teste do bafômetro, mas apresentou diversos sinais de embriaguez como fala desconexa, andar cambaleante, olhos vermelhos e odor etílico.
Ao ser levado para a sede pela polícia, o homem ainda fez xixi dentro da viatura, mas pediu desculpas aos policiais. Segundo a corporação, o motorista disse que estava em um bar durante a madrugada, mas não explicou sobre a batida nos carros estacionados e o atropelamento. O depoimento dele não foi liberado para imprensa.