Depois de três meses, Belo Horizonte confirmou três novas mortes em decorrência da dengue. Os óbitos aconteceram em abril, mas só foram atestados na sexta-feira (16/6). Até agora, seis pessoas morreram pelo vírus na capital mineira e 116 no restante do estado.
Conforme o boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde, 7.784 casos da doença já foram confirmados na capital. As contaminações representam um aumento de 963% em relação à terceira semana de junho de 2022, quando 732 pessoas haviam se contaminado.
Em Minas Gerais, 12 óbitos foram registrados em duas semanas. Os dados são do boletim da Secretaria de Estado de Saúde, divulgado nesta segunda-feira (19/6), que, também, aponta 217.488 casos de dengue em 2023.
Apesar do crescimento de contaminações, em relação a 2022, os números de infecções por arboviroses, como a dengue, têm caído. Conforme dados do Governo de Minas, o aumento da positividade da doença durante abril era de até 30%. Já em maio, o aumento de casos semanais passou para 10%.
Queda de casos
Em resposta à queda de casos de arboviroses no país, no dia 12 de junho o Ministério da Saúde dissolveu o Centro de Operações de Emergência em Saúde em relação às doenças. O comitê tinha o objetivo de aprimorar o planejamento e a resposta aos vírus, de forma integrada com os estados e municípios.
De acordo com a pasta, o COE foi desativado devido redução no risco de transmissão da dengue, chikungunya e Zika, em praticamente todos os estados brasileiros. “Essa queda se deve às ações empenhadas no controle do vetor […] além de mudanças climáticas que implicam na circulação viral da dengue e chikungunya”.
Mesmo com a queda de contaminações, a pasta reforça a necessidade dos cuidados em relação ao combate ao vetor do vírus, o mosquito Aedes Aegypti, que se prolifera em água parada. Além disso, é preciso continuar se protegendo com o uso do repelente.