Entre os dias 31 de maio e 3 de junho, Belo Horizonte receberá a quarta edição do Encontro Nacional de Agroecologia (ENA), coordenado pela Articulação Nacional de Agroecologia (ANA), no Parque Municipal Américo Renné Giannetti.
O encontro tem como objetivo ofertar à população da capital mineira e região uma diversidade de alimentos que o Brasil produz, sem agrotóxico e a preço popular. O evento contará também com manifestações artísticas e culturais gratuitas. Esta edição tem como lema a seguinte frase: “Agroecologia e democracia unindo campo e cidade”.
A Feira de Saberes e Sabores e a praça de alimentação servem como espaços de diálogos entre os produtores e consumidores. Por lá são comercializados alimentos in natura e processados, artesanatos, tecnologias agroecológicas, além de outros produtos típicos das comunidades tradicionais. Nesse comércio, os visitantes poderão encontrar hortaliças, frutas, legumes, cogumelos, grãos, cereais, geleias, além de trabalhos artesanais.
Nos quatro setores do Parque Municipal, cem barracas estarão distribuídas, e organizadas de acordo com os biomas nos quais os produtores se localizam. Em quatro dias de evento, dez barracas funcionarão nos entornos da tenda principal, garantindo alimentação agroecológica aos participantes.
As outras noventa barracas vão operar apenas durante a Feira de Saberes e Sabores, nos dias 2 e 3 de junho, e serão abertas ao público em geral. No sábado, de 9h às 17h, e e no domingo de 9h às 13h.
Duas barracas representarão cada Estado brasileiro, com exceção do Acre e do Mato Grosso do Sul, que serão representadas apenas por uma barraca. As mesorregiões de Minas Gerais e as referências da Região Metropolitana de Belo Horizonte também terão duas barracas para suas respectivas mercadorias. Também estão previstas no evento, trocas de sementes e atividades culturais, como exposições, lançamentos de livros e cirandas.
O evento também tem a ideia de apresentar à sociedade o por quê de apoiar a agroecologia, apontando o lado positivo de fornecer comida sem agrotóxico e venenos, com preços acessíveis, além de trazer impactos positivos ao ecossistema e à saúde das pessoas.
A representante da Rede de Agroecologia dos Povos da Mata, Paula Silva Ferreira, do território de Irecê, é um exemplo. Há 25 anos sua comunidade produz alimentos agroecológicos. De acordo com ela, “Venho de uma comunidade [Lagoa Funda/município Barro Alto (BA)] que resiste a esse sistema e mostra que é possível produzir alimentos orgânicos. Conseguimos a certificação participativa nessa resistência. Produzimos todo tipo de verduras, hortaliças, legumes numa escala de toneladas. Saímos da perspectiva do quintal para 10 a 15 toneladas de produtos orgânicos de 28 produtores”, relata.
Paula ainda relata que o maior patrimônio é a comunidade: “quando falo de produzir riqueza, são esses alimentos que nossa família se alimenta, que a gente sabe de onde está vindo. A segunda riqueza é poder ter uma qualidade de vida, ter independência, autonomia e dignidade. Nesse ENA, espero que consiga fazer a relação campo e cidade. Produzir e vender sem atravessador. Que a cidade reconheça o esforço do agricultor”.
Os expositores receberão uma Ficha de Caracterização antes da feira. Nela, deverão detalhar seus produtos, quantidades e valores. Esse números serão compartilhados com a sociedade no pós-ENA.
Para maiores informações, basta acessar:
http://enagroecologia.org.br/.
Para seguir nas redes sociais, acesse:
SERVIÇO
IV Encontro Nacional de Agroecologia (IV ENA)
31 de maio a 3 de junho
Parque Municipal Américo Renné Giannetti
http://enagroecologia.org.br
FEIRA DE SABERES E SABORES
Parque Municipal Américo Renné Gianetti
2 e 3 de junho
Sábado, de 9h às 17h
Domingo, de 9h às 13h
Entrada gratuita