Belo Horizonte teve a primeira morte por febre maculosa – doença infecciosa causada pelo carrapato-estrela – no ano de 2018 segundo divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde nesta sexta-feira (22). A vítima morava em Belo Horizonte onde morreu, mas teria contraído a doença em outro município mineiro que não foi divulgado.
Não foram divulgadas características da vítima como sexo, idade ou data da morte. No ano passado foram três mortes por febre maculosa na capital. Ainda de acordo com dados da secretaria, há oito notificações por febre maculosa em investigação em Belo Horizonte. Nenhuma delas resultou em óbito.
Em Belo Horizonte as hospedeiras do carrapato-estrela são as capivaras, cujo a prefeitura concluiu, neste mês, aproximadamente 50% do trabalho de manejo das capivaras que vivem na Orla da Lagoa da Pampulha. “Cerca de 30 animais foram capturados, esterilizados, receberam carrapaticidas, foram microchipados e soltos novamente na orla da lagoa”, informou a prefeitura.
A previsão para que todas as capivaras estejam esterilizadas é outubro de 2018, data firmada no Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado com o Ministério Público.
Além do manejo das capivaras, a secretaria toma medidas como “ações de Vigilância Acarológica no Parque Ecológico da Pampulha, como forma de prevenção a Febre Maculosa Brasileira (FMB). Este monitoramento consiste na visita do agente a locais onde são observadas situações com maior potencial de risco, como grande presença do hospedeiro silvestre e/ou cavalos.”, informou a secretária.
“Neste trabalho os agentes recolhem carrapatos, que são enviados ao laboratório para serem identificados como sendo ou não Amblyommasculptum (conhecido como carrapato estrela). Ao ser identificado o carrapato estrela, é emitido alerta para monitoramento, vigilância e trabalho educativo para ação na região onde foi encontrado o carrapato”, complementou a secretaria.