A Polícia Civil (PC)de Belo Horizonte elucidou o caso do assassinato da travesti Mirella de Carlo, 29 anos, que havia sido morta em fevereiro deste ano por esganamento. Caio César Viana de Almeida, de 39, foi apontado como responsável pelo crime.
À época, o crime foi tratado como homofobia, mas esse tese foi descartada pela PC, que descobriu que Caio e Mirella tiveram um desacordo comercial após um programa. Os dois haviam combinado o valor de R$100, mas como Caio transou duas vezes, a travesti cobrava R$150, o que não foi aceito pelo homem. Mirella ameaçou chamar a polícia e registrar ocorrência, mas Caio teve medo da exposição que isso causaria diante aos amigos e da esposa que estava grávida e no final da gestação.
Segundo a delegada Adriana, o desacordo comercial motivou o crime. “Não ficou caracterizado como um crime em razão de homofobia. O que o autor alega é que houve um desacordo comercial, não tem nada que ele tenha dito sobre aversão. Ele, inclusive, utilizava de serviços sexuais de travestis”, disse a delegada.
“Ele golpeou a vítima com um mata leão e teria asfixiado ela com esse golpe. Mas a vítima foi localizada caída no quarto dela com uma toalha envolta no pescoço. Ele não explicou essa toalha envolta no pescoço, mas possivelmente ela foi utilizada pra finalizar a execução da vítima”, destacou a delegada Adriana.
Caio César Viana de Almeida foi indiciado por homicídio de motivo torpe, quando não se é permitido a defesa da vítima. O homem já está preso e permanecerá recluso aguardando julgamento. Ainda segundo a delegada, um homem identificado Rafael Eloy Correa também foi indiciado no inquérito, suspeito de ter comprado produtos que foram furtados da vítima por Caio.
O crime
O corpo de Mirella de Carlo foi encontrado por outra travesti que morava com ela em um apartamento no Bairro Carlos Prates, Noroeste de BH, em fevereiro deste ano. No boletim de ocorrência da PM consta que a travesti, garota de programa e defensora dos direitos de pessoas trans, foi esganada e tinha sinais de agressão física pelo corpo. A colega de apartamento relatou à PM que, na noite anterior ao crime, saiu para uma festa por volta da 1h e achou Mirella com semblante triste.
Com informações da PCMG