Depois de o Corpo de Bombeiros anunciar que cerca de 100 blocos de rua ainda não têm autorização para desfilar – entre eles, 17 grandes agremiações que devem arrastar mais de 320 mil foliões –, a Empresa Municipal de Turismo de Belo Horizonte (Belotur) garantiu que todos sairão no Carnaval. Os dois órgãos se reuniram na manhã de ontem, a portas fechadas, e se comprometeram a concluir a aprovação dos cortejos até a próxima quinta-feira.
Dos 430 blocos cadastrados na autarquia, 110 tinham pendências na prefeitura e 95, nos Bombeiros, até a tarde de ontem. Mas a lista diminui a todo momento. “Dentro do nosso planejamento, não há um minuto de atraso. Pelo contrário, estamos adiantados. Portanto, o que posso dizer é que os blocos sairão, e com segurança”, afirmou o presidente da Belotur, Aluizer Malab.
Para ele, houve um “pequeno ruído” de comunicação entre a autarquia e o Corpo de Bombeiros. “Tudo é uma questão de interpretação. Os Bombeiros disseram que cem blocos não estão alinhados com as normas de segurança, e eles estão certos em ter essa preocupação. Mas não quer dizer que esses blocos não vão desfilar”, ressaltou.
Trajetos
Em coletiva anteontem, o Corpo de Bombeiros informou que, entre os blocos pendentes, o problema é falta de segurança no trajeto, como áreas com viadutos, ruas estreitas ou risco de alagamento. Na lista, estavam o Juventude Bronzeada, com previsão de receber 75 mil pessoas, o Corte Devassa, com 15 mil, o Pisa na Fulô, com 12 mil, e o Volta Belchior e o Roda de Timbau, ambos com 10 mil. Todos eles, inclusive, disseram que já tinham alinhado o percurso com a Belotur.
O presidente da Belotur alega que, se algo passou despercebido ao crivo da autarquia, será revisto a tempo. “Estamos todos juntos nesse barco. Nosso papel é garantir a organização e a segurança”, declarou.
Na rua Sapucaí, na região Leste, onde os Bombeiros identificam riscos por conta de viadutos e parapeito, a Belotur prevê restrições. “Podemos tirar carros estacionados, colocar brigadistas, e fechar algumas áreas com gradeamento, como no parapeito”, concluiu Malab.