Não há qualquer confirmação sobre uma nova paralisação dos caminhoneiros a partir de segunda-feira. O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, aliás, disse nesta sexta-feira que as informações que vem sendo difundidas nas redes sociais sobre a retomada da greve são falsas.
Os boatos, no entanto, têm deixado comerciantes preocupados e feito com que motoristas voltem a procurar os postos de combustíveis, aumentando as filas. A reportagem procurou estabelecimentos de Belo Horizonte e região metropolitana, em especial, os mercados de bairro, para verificar como anda o reabastecimento de produtos. Em meio às queixas pela falta de algumas mercadorias, está o temor de uma nova greve.
“A gente estava no caixa, comentando (sobre a possibilidade de retomada da greve), passou um homem e ouviu. Ele era caminhoneiro e disse que tem 600 caminhões descendo para Brasília no domingo. Ele diz que vai. Se eles forem para lá, não vai ter caminhão para a gente aqui”, conta Luana Tamara, que trabalho no setor administrativo de um supermercado pequeno no bairro Tirol, na região do Barreiro.
Segundo ela, as coisas estão normalizando aos poucos, mas a carne ainda está em falta. Um carregamento de ovos chegou nesta sexta-feira, assim como frutas e verduras.
No bairro Novo Progresso, em Contagem, a funcionária Mara Cristina, de um estabelecimento que “vende um pouquinho de tudo” explica que ainda há a falta de produtos.
“Está parcialmente normal, principalmente as coisas que compramos no Ceasa, tipo a saca de milho, de feijão, a caixa de leite. Agora estamos tendo que comprar nos hipermercados com alteração de preço”, destacou. Sobre uma possível nova greve, a funcionária disse somente que recebeu mensagens de Whatsapp sobre o assunto.
Combustíveis
A fila de carros ainda é cena comum nos postos onde há combustível na capital. Os motoristas estão conseguindo abastecer com certa dificuldade, mas o tempo de espera, que chegou a diminuir durante à tarde, mudou ao longo do dia. “Aqui perto de casa já estava mais de boa, mas o povo já está falando que vai parar”, disse um motorista da região Centro-Sul da capital.
Não há mais bloqueio nas estradas que atrapalhe o deslocamento dos caminhões-tanque, contudo, a demanda está alta. Os postos estão com dificuldade para receber etanol, já que o combustível chega da região Nordeste.