A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) lançou em Belo Horizonte nesta quarta-feira o novo sistema de geração de boletos unificado. A nova plataforma, além de identificar boletos falsos via consulta na base de dados, vai permitir que os boletos sejam pagos em qualquer banco, mesmo depois de vencido.
No ano passado, foram emitidos 3,7 bilhões de boletos bancários no país com um volume de R $400 milhões perdidos em fraudes, ou seja, boletos falsificados. “Com esse novo sistema pretendemos zerar as fraudes” afirma o diretor adjunto de operações da Febraban, Walter Tadeu. Em 2017, a expectativa é que 4 bilhões de boletos sejam gerados.
“Com o novo sistema, antes de um pagamento ser efetuado, haverá uma consulta online via código de barras para ver se ele está cadastrado. Isso vai evitar pagamento de boletos falsos e pagamentos em duplicidade. Além disso, vai permitir que o boleto seja pago em qualquer banco mesmo depois do vencimento porque as informações para correção do valor, os juros a serem cobrados, estarão na base de dados” explica Tadeu.
O novo sistema entra em funcionamento a partir de julho para boletos acima de R $50 mil. A partir de setembro serão incluídos os boletos acima de R $ 2.000, em novembro, acima de R $ 200 para em 11 de dezembro os boletos de qualquer valor serem inseridos no sistema. A escala foi necessária para evitar falhas no sistema, segundo a Federação.
As empresas que geram os boletos terão um custo para aderir ao novo sistema. “Essa negociação será feita entre as empresas e o banco que a atende”, explica Tadeu. Ele salienta que depois que o sistema estiver em funcionamento, o boleto que for gerado fora do sistema, porque a empresa não aderiu, não poderá ser pago em outro banco, mesmo antes do vencimento, como é hoje. “Além disso, não estará livre de fraudes”, diz Tadeu.
O diretor explica que o sistema atual de boletos foi gerado na década de 90. “O sistema de boletos que temos no Brasil é único no mundo, mas precisava de atualização. Estamos inserindo tecnologia no sistema”, afirma.
fonte: O Tempo