A delegada contou que a investigação foi iniciada na última quinta-feira, após receber denúncia de que a jovem teria sido espancada dentro do sítio do goleiro, no interior de Minas. De acordo com a delegada, há fortes indícios de que Eliza esteja morta.
“Tudo começou com essa informação. Após a agressão física, a Eliza teria desaparecido. O jogador Bruno teria queimado as suas roupas e a criança estaria em poder dos funcionários do sítio. Corroborando isso, recebemos contato do Disque Denuncia (181) com as mesmas informações. Ligamos para a Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro, e fomos informados que a Eliza estaria desaparecida desde 4 de junho, quando teria mencionado que foi convidada a vir para Minas Gerais com o Bruno e o filho”, explicou a delegada, complementando.
“Diante dessas informações, direcionamos nossas investigações para o sítio. Localizamos o caseiro, que falou que acreditava que estava todo mundo em casa. Perguntamos se existia no local uma criança, um bebê de colo, ele confirmou, convidamos ele pra ir para a delegacia para esclarecer. Chegou no local um amigo de infância de Bruno, falou que não existia nenhum bebê. Diante disso, convidamos todos para irem à delegacia, onde resolveram confirmar que existia um bebê, filho do Bruno e de Eliza, mas negaram que tivessem visto Eliza no local“, emendou.
A esposa de Bruno, Dayane Souza, foi questionada sobre o paradeiro do filho do jogador e, inicialmente, disse não saber nada a respeito. Contudo, em depoimento na DP de contagem, ela acabou sendo desmentida.
“Durante os interrogatórios, ela (Dayane) ligou para a DP e foi questionada sobre a criança. Ela negou. Duas horas depois, a Dayane chegou à Delegacia com dois amigos, e todos negaram a existência da criança. Porém, ao longo dos interrogatórios, um dos meninos teria afirmado que Dayane teria ligado para ele por volta das sete horas da noite de ontem (sexta-feira) e pedido para encontrá-la na BR-040. Ocasião em que Dayane teria entregue um bebê de colo para ele, e falado que era para ele esconder essa criança”, explicou a delegada Alessandra Wilke.
A relação entre Eliza e Bruno foi exposta no ano passado, quando ela acusou o jogador de agressão. À época, a jovem, que estava grávida, disse ainda que o atleta a teria obrigado a ingerir medicamentos abortivos.
“Tem um inquérito instaurado no Rio de Janeiro, quando a Eliza estava grávida de 5 meses, que o Bruno teria tentado que ela realizasse um aborto. Espancou ela, agrediu fisicamente, botou arma na cara da Eliza. Já tem um inquérito instaurado no Rio de Janeiro nesse sentido”, disse a delegada, em entrevista à Rádio Itatiaia.