Cachoeira Dourada, Minas Gerais. Alunos da Escola João Gonçalves de Oliveira vivenciaram uma noite de cultura e conhecimento na última segunda-feira (22.nov.2021). A 4ª edição do Jantar Literário deu luz às Vozes Negras da poesia brasileira.
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O evento contou com a participação de alunos, professores e personalidades ligadas à cultura de Cachoeira Dourada. A abertura do evento foi realizada pela diretora Francelly Helena Santos.
A cantora Aléxia Rosa, uma das vozes mais conhecidas da região, impactou o público presente com uma apresentação cheia de personalidade.
Os alunos apresentaram poesias de autores como — Machado de Assis; Isabel Cristina Silveira Soares; Maria Firmina; Luiz Gama; Carolina Maria de Jesus; Ruth Guimarães; Noemea de Souza; Adão Ventura; Lívia Natália; Mel Duarte; Conceição Evaristo e Esmeralda Ribeiro.
Geisse Prado, poetisa da cidade de Cachoeira Dourada e o ex-aluno da escola João Gonçalves, Felipe Rangel, demonstraram suas próprias composições.
Os estudantes Dérique Aparecido dos Santos e Pedro Elias destacaram a importância da cultura para a formação dos alunos.
“Eu me preparei bastante, pesquisando a respeito da pessoa, a respeito do poema. A minha [autora escolhida] chama Lívia Natália e eu não sabia quem era ela, mas a história dela é muito legal, ela foi uma pessoa bem importante para esse movimento”, disse Dérique.
“Eu acho que é muito bom essa escolha da poesia, dos poemas, porque, além de você vir aqui apresentar, de você se abrir para outras pessoas, tem a questão de você conhecer mais sobre outros autores”, destacou o estudante Pedro Elias.
As professoras Karolina e Lunamar, que integraram o grupo de idealizadoras desta edição cultural, reforçaram o poder da cultura e do conhecimento.
Isso é muito importante para os nossos alunos, porque, o que nós queremos para eles é isso, é que eles lutem, que eles conquistem o seu espaço, que eles sejam grandes vencedores”, disse a professora Lunamar.
“Foi muito construtivo, todo o processo, desde os bastidores do pensamento até a própria escolha dos escritores, negros, brasileiros. Fizemos isso em ordem cronológica para conseguir um significado maior, para que todo mundo pudesse contextualizar essa luta, que as pessoas, por apenas possuir a cor da pele diferente, enfrentam”, destacou a professora Karolina.
Ao final do evento, a idealizadora da primeira edição do projeto cultural, Núbia Luciana, foi homenageada.
“Eu acredito que a vida, a sociedade, só podem ser transformadas através da educação. E por acreditar nisso, por acreditar em escritores, na história, na cultura do nosso país, do nosso povo e dos nossos antepassados, acho que nós, como professores, temos o dever de transmitir isso para os nossos alunos”, pontuou Núbia Luciana, homenageada da noite.