Em acordo firmado com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), a Camargo Corrêa revelou a prática de cartel em 21 licitações que ocorreram em oito Estados brasileiros em um período de 16 anos. Um processo administrativo foi instaurado pelo Cade para investigar os supostos crimes em concorrências públicas.
Segundo o Cade, a investigação é desdobramento da Operação Lava Jato. O acordo com a empreiteira foi firmado na última terça-feira, 5 e envolve confissões de executivos e ex-executivos da empresa. As negociações envolveram o Ministério Público Federal de São Paulo.
O período dos crimes teria ocorrido entre 1998 e 2014 e atingido Bahia, Ceará, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo e o Distrito Federal.
De acordo com o Cade, os signatários indicaram que a conduta teve por objeto, ao menos, 21 licitações públicas no Brasil.
Segundo o Cade, trata-se do 12º acordo de leniência público divulgado pelo Cade no âmbito da Lava Jato.
Por meio da leniência, a empresa e as pessoas físicas signatárias confessaram a participação na conduta, forneceram informações e apresentaram documentos probatórios a fim de colaborar com as investigações do alegado conluio.
O acordo é relacionado exclusivamente à prática de cartel, para a qual o Cade possui competência de apuração.
Minas Gerais
A reportagem de O TEMPO entrou em contato com o governo estadual e também com a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) e abre espaço para as respostas.