Pelo segundo dia consecutivo, caminhoneiros protestam, nesta terça-feira, 22, nas principais estradas dos país contra os aumentos sucessivos nos preços do combustível. Nos últimos 17 dias, foram 11 reajustes. O governo e Petrobras marcaram para hoje uma reunião para estancar a crise que vem interditando há dois dias as principais rodovias do país.
Em Ituiutaba, na manhã desta terça-feira, caminhoneiros bloquearam a rodovia BR-365, altura do KM 762 em Ituiutaba, nas imediações de um grande posto de combustíveis. A Polícia Rodoviária Federal – PRF confirmou a informação e as viaturas estão em deslocamento para o local neste momento.
Informações preliminares são de que apenas os caminhões estão impedidos de passar pelo bloqueio em Ituiutaba, estando aptos a trafegar pelo local os demais veículos automotores, como os de passeio.
A Polícia Militar também foi acionada para acompanhar a situação.
Outro bloqueio ocorre também na rodovia BR-365, altura do KM 690, desde a última segunda-feira, 21, no perímetro urbano de Monte Alegre de Minas, conforme noticiamos, veja abaixo.
Reivindicação
Os caminhoneiros querem a redução da carga tributária sobre o diesel. Elea também reivindicam a zeragem da alíquota de PIS/Pasep e Cofins e a isenção da Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico).
Os impostos representam quase a metade do valor do diesel na refinaria. Segundo a categoria, a carga tributária menor daria fôlego ao setor, já que o diesel representa 42% do custo da atividade.
Desde que começou a adotar a política de reajustes diários dos preços dos derivados de petróleo, em 3 de julho do ano passado, a Petrobras já elevou o preço do óleo diesel em suas refinarias 121 vezes, o que representou uma alta de 56,5%, segundo cálculo do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE).
Em pouco mais de dez meses, o litro do produto passou de R$ 1,5006 para R$ 2,3488 nas refinarias. Apenas neste ano, o preço do diesel subiu 38 vezes, em linha com a sua valorização no mercado internacional.
Na manhã desta terça-feira, além de Minas Gerais, foram registrados atos em pelo menos seis estados: Bahia, Goiás, Mato Grosso, São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.