O belo-horizontino Cristiano Guerra, de 39 anos e profissional de TI, tem um tipo de câncer que é raro, e luta contra a doença há quase um ano. Os tratamentos usados comumente nos casos mais recorrentes de câncer, custeados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), foram usados, mas não surtiram efeito.
Então, Guerra, como é chamado pelos amigos, vai precisar recorrer a procedimentos que não são aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), são feitos fora do Brasil e custam caro. Seu plano de saúde, assim como o SUS, não cobre o tratamento, exatamente por não ter o aval da Anvisa.
Ele conta que foi convidado para fazer o tratamento de imunoterapia, no Canadá, mas não teria condições de custear as consultas, os exames e a estadia no país. Para conseguir o custeio do SUS, Cristiano teria que passar pelos dois primeiros ciclos da imunoterapia e repetir todos os exames, para checar se o efeito foi positivo.
- Planos são obrigados a oferecer dois novos tratamentos contra câncer
Porém, os dois ciclos do tratamento custam cerca de R$ 125 mil, valor alto para ser reunido a curto prazo. “Quando se trata de câncer, o tempo é um fator muito relevante”, diz Guerra, que descobriu a doença em agosto de 2022.
Por causa da corrida contra o tempo, os amigos dele decidiram criar uma “vaquinha”, na tentativa de conseguir o valor.
Se o tratamento surtir efeito positivo, será emitido um laudo médico que comprova a eficácia do tratamento, ajudando na judicialização do caso, que pode ajudar em casos de pacientes em situação parecida