Um patrimônio reerguido das cinzas por conta do esforço coletivo. A Capela de Santa Rita de Cássia, no distrito de Sopa, em Diamantina, foi reinaugurada nesse domingo (21), véspera do dia da sua padroeira. Tombado pelo patrimônio histórico, o templo, construído no século XIX, foi quase que totalmente destruído por um incêndio em 4 de outubro de 2019. As chamas consumiram a construção rapidamente.
A partir daí, houve uma mobilização de esforços da comunidade, liderada pela Mitra Arquidiocesana de Diamantina e pela prefeitura da cidade do Vale do Jequitinhonha para a restauração da capela. As obras de recuperação da capela custaram cerca de R$ 800 mil, segundo cálculo da secretária municipal de Cultura de Diamantina, Márcia Betânia Oliveira Horta.
A Prefeitura gastou cerca de R$ 248 mil na obra, na qual foram aplicados os recursos provenientes do Fundo Municipal de Preservação do Patrimônio Cultural. O restante das verbas veio de empresários e de outros integrantes da comunidade local. Pouco antes do incêndio, a municipalidade tinha aplicado R$ 348,6 mil na restauração da igreja histórica.
A Capela de Santa Rita Cássia foi inaugurada com uma missa celebrada no templo pelo arcebispo de Diamantina, Dom Darci José Nicioli, com a presença do prefeito da cidade, Juscelino Roque, e de moradores.
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Márcia Betânia ressalta que a destruição da capela de Santa Rita devido ao incêndio gerou sofrimento e um sentimento de perda para os moradores. “A reconstrução foi muito importante, pois gerou um processo de mobilização social em que a comunidade pôde depurar os seus sentimentos. Hoje com a entrega da capela, a comunidade volta a ter as condições anteriores semelhantes para as suas práticas culturais e religiosas”, avalia a secretária de Cultura de Diamantina.
“A reconstrução da capela de Santa Rita de Cássia foi importante porque devolveu para a comunidade um importante lugar de memória coletiva e de identidade, que foi tão tragicamente perdida em um incêndio”, completa a diretora de Patrimônio Cultura de Diamantina, Vanessa de Pádua Mello.