Capinópolis, Minas Gerais. O CEMEI Waldir Barbosa de Miranda, instalado em Capinópolis, está comemorando 1 ano de formação do Grupo Terapêutico das Mães Atípicas. O projeto surgiu em 2022 com a ideia de formar um espaço seguro e de apoio aos pais com filhos portadores do transtorno do espectro autista (TEA).
O “espectro autista” é uma expressão que reconhece a ampla gama de apresentações do autismo. O autismo não é uma condição única com características fixas, mas sim, um espectro de transtornos, o que significa que as pessoas com autismo podem ter uma variedade de sintomas e níveis de funcionamento.
Adriana Almeida, diretora do CEMEI Waldir Barbosa de Miranda, destacou a forma como surgiu o projeto. “Um dia ouvindo uma mãe, que dizia que poderíamos repassar informações sobre o (TEA) a outras mães. Fiquei pensando sobre o assunto e chamei o psicólogo Danilo Soares para criarmos algo que atendesse a esse pedido, foi onde surgiu a ideia do ‘Grupo Terapêutico das Mães Atípicas’ no CEMEI”.
A mãe, ao qual Adriana se referiu, é Daiane Aparecida da Silva, que ao receber a notícia que a filha era portadora do TEA, não sabia que ações tomar. Daiane relatou à nossa reportagem como descobriu o espectro autista da filha.
Ouça:
O grupo foi criado para que os pais pudessem compartilhar suas experiências, preocupações e estratégias de enfrentamento em relação ao autismo de seus filhos.
Atualmente o grupo terapêutico é formado por mães e um pai. Os participantes tem encontros mensais com o psicólogo Danilo Soares, com a diretoria e supervisão do CEMEI, além da assistência social.
Os integrantes do grupo também já passaram por terapia com cavalos e praticaram aula de yoga com a professora Sirlene Reis.
Danilo Soares, psicólogo, destacou como é feita a abordagem durante os encontros do grupo. Ouça:
Retrospectiva de 1 ano de projeto
A diretora Adriana Almeida destacou o desenvolvimento das crianças neste primeiro ano de projeto.
Ouça:
“Fazendo uma retrospectiva de um ano do grupo terapêutico aqui no CEMEI, vimos o tanto que as mães passaram a ter mais acesso às informações sobre o TEA, o quanto nossas crianças se desenvolveram. E estamos aqui para trabalhar junto com a família, em prol do desenvolvimento das nossas crianças. Então, assim, gratidão a todas as famílias que estão acreditando em nós e abraçando junto conosco essa causa”, disse a diretora.
Mãe atípica
O termo “mãe atípica” pode ser usado informalmente para descrever uma mãe que não se encaixa nos estereótipos tradicionais de maternidade. É importante ressaltar que não se trata de uma tratativa pejorativa, já que as diferenças na maternidade podem surgir devido a uma variedade de fatores, no caso em tela, dos filhos com espectro autista.
Tratamento
Após o profissional pediatra indicar o tratamento, os alunos são assistidos por neurologista infantil, fonoaudióloga, psicóloga (o), terapeuta ocupacional e no Centro de Equoterapia. O Município disponibiliza gratuitamente a fonoaudiologia, psicologia (não clínica) e equoterapia.