Quem costuma andar de bicicleta, fazer uma caminhada, corrida ou apenas passear pela orla da Lagoa da Pampulha, em Belo Horizonte, sempre tenta fazer aquela foto ao avistar um grupo de capivaras. No entanto, segundo a Prefeitura de Belo Horizonte, até 2027, talvez, elas não sejam mais vistas no local.
De acordo com a PBH, todas passaram pelo processo de esterilização e são monitoradas desde 2017. Sem condições de se reproduzirem e com uma expectativa de vida máxima de dez anos, as capivaras podem ser extintas, naturalmente, da orla da lagoa.
“Até hoje não foi constada reprodução nem a chegada de nenhum novo bando no local. Como a capivara tem uma expectativa de vida, sem predador, em torno de oito a dez anos, a gente considera que nesse período possa haver uma extinção local, ou seja, não haver mais capivaras na lagoa da Pampulha”, explica o gerente de Defesa dos Animais da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Belo Horizonte, Leonardo Maciel.
Diariamente, o técnico experimental Ricardo Oliveira, 52, faz caminhadas pela orla da lagoa da Pampulha e tem notado que, de um ano para cá, as capivaras que costumavam repousar às margens da lagoa têm aparecido com menor frequência. “Elas estão sumidas mesmo. Tinha dia que a gente passava por aqui e via muitas delas em grupo, deitadas. De vez em quando a gente vê, mas não é com tanta frequência igual antes”, contou o técnico.
O engenheiro eletricista Marcelo Suman, 36, também diz estar sentindo falta das capivaras na orla da lagoa e defende que os animais permaneçam no local. “Eu acho que é preciso deixar os animais à vontade. Nós já ocupamos a cidade inteira. É preciso ter cuidado, no caso da capivara, por conta do carrapato, mas a culpa não é do animal, nós é que ocupamos o espaço dele”, considera o engenheiro.