Uma mulher de 49 anos morreu na cidade de Tempe, Arizona, Estados Unidos, ao ser atropelada por um veículo sem motorista operado pela Uber, segundo informou através de um comunicado a policia local. “O veículo se dirigia para o norte quando uma mulher que caminhava fora da faixa de pedestres cruzou a calçada e foi atropelada pelo veículo da Uber”, assinalou a policial em um comunicado. É o primeiro atropelamento fatal protagonizado por um carro autônomo.
Imagens divulgadas pela rede de televisão norte-americana ABC mostram uma bicicleta no chão junto ao carro autônomo, aparentemente, danificada pelo veículo. Segundo a ABC o carro atingiu uma ciclista e não uma pedestre. A vítima foi identificada como Elaine Herzberg. O comunicado policial fala, no entanto, que a mulher estava caminhando ao ser atingida.
A Uber anunciou que suspendeu os testes que vinha realizando com carros sem motorista em Tempe, Pittsburg, Toronto e San Francisco. A companhia, que expressou suas condolências à família da vítima através do Twitter, assegura que está cooperando com as autoridades na investigação.
O veículo da Uber que protagonizou o acidente estava no modo autônomo, sem motorista, embora tivesse uma pessoa em seu interior. As primeiras informações difundidas pela policia assinalam que o acidente ocorreu na noite passada, sem precisar a hora.
Durante os últimos meses da administração Obama, o governo federal aprovou um marco legal para tornar este tipo de veículos uma realidade. O desafio não é apenas tecnológico, mas também social. Os seres humanos cometem erros, mudam de opinião, podem desistir enquanto atravessam um cruzamento. As máquinas estão limitadas a seguir regras. Eles mal podem entender o que significa uma exceção. A mistura de inteligência humana e artificial em movimento é a principal fricção. Segundo os pesquisadores neste campo, até 2020 haverá avanços que o tornarão praticamente possível.
Antes da Uber, o Google começou a colocar esses veículos autônomos em torno da sede da Mountain View e da Estrada 101, que liga o Vale do Silício a San Francisco. A partir dessa experiência com um carro de dois lugares sem volante e com forma de ovo, o carro apelidado de Koala nasceu da Waymo, sua divisão para explorar esta forma de transporte. Esta corrida pela inovação entre Googlee Uber resultou em roubo de funcionários, patentes e um longo julgamento que custou 245 milhões de dólares em compensação à empresa de internet.
A Ford, um símbolo da cultura americana e criadora da linha de montagem, também mostrou interesse em se juntar a esse tipo de tecnologia. Do Japão, a Toyota tem uma equipe local e um laboratório no Vale do Silício.
Em julho de 2016 aconteceu a primeira morte conhecida de um passageiro em um carro que viajava em piloto automático. O motorista de um Model S, da Tesla, se chocou contra um caminhão em Flórida enquanto via um filme.
Fonte: El País