Em 2022, 857.686 mineiros fizeram o exame de direção veicular, conhecido tradicionalmente como prova da autoescola. Esse exame serve para aprovar os condutores que estão habilitados a conseguir a Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
Deste contingente que realizou a prova da autoescola, 48,66% foram aprovados na categoria A, que é a que habilita a conduzir motos, e 27,22% foram aprovados na categoria B, de carros. Esses dados foram enviados pelo Detran ao jornal Estado de Minas.
Ao fazer a análise entre os maiores municípios mineiros, se percebe que em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, o número de aprovados despenca em relação às grandes cidades de Minas e também aos números totais do estado.
Taxa de aprovação da CNH Categoria A (Motos):
Minas Gerais: 48,66%
Uberlândia: 44,56%
Belo Horizonte: 42,36%
Contagem: 41,89%
Betim: 38,7%
Juiz de Fora: 25,66%
Taxa de aprovação da CNH Categoria B (Carro):
Betim: 29,1%
Contagem: 28,59%
Minas Gerais: 27,22%
Belo Horizonte: 26,89%
Uberlândia: 26,17%
Juiz de Fora: 15,95%
Detran justifica números pela questão geográfica
Em 2022, segundo o Detran, 25.001 juiz-foranos e juiz-foranas fizeram a prova da autoescola. De acordo com o órgão estadual, a justificativa para a baixa aprovação está na questão geográfica da cidade.
“Os exames de direção veicular em Juiz de Fora, na categoria B, são realizados nos Bairros Parque Guarani, Vivendas da Serra e Vale dos Bandeirantes, locais de trânsito regular e aclives acentuados, o que exige o controle emocional, conhecimento das manobras, conhecimentos das regras de circulação e habilidade na condução do veículo”, informou o Detran, em nota.
Segundo o órgão, diante dessas características da cidade, o número de aprovados nos exames tende a ser menor. “Frisa-se que a geografia de Juiz de Fora é predominantemente em relevo acentuado (aclives e declives) o que exige significativamente a habilidade dos candidatos”, esclareceu o órgão.
Questão financeira também influencia
Além das questões geográficas, o Detran também informou que em virtude da situação econômica do Brasil, muitos alunos e alunas têm optado por fazer menos aulas de direção. E essa escolha pode estar influenciando no resultado dos exames.
“Houve após a pandemia, um decréscimo no poder aquisitivo da população em geral e isto fez diminuir o número de aulas de prática veicular, talvez refletindo no baixo índice de aprovações em todo o estado”, finaliza a nota do Detran.