A Polícia Civil de João Pinheiro, no noroeste do estado, indiciou um casal, ambos de 21 anos, de homicídio que teve como vítima o filho, uma criança de apenas um mês e 17 dias. O crime ocorreu em 6 de março de 2022. As investigações apontaram que houve emprego de asfixia.
A demora nas investigações se deveu ao fato de que a mãe da vítima, na tentativa de escapar da acusação de homicídio, havia dado dois depoimentos contraditórios.
No primeiro, relatou aos policiais que o crime foi cometido no momento em que seu companheiro dava mamadeira ao bebê. A criança teria começado a chorar, o que deixou o pai nervoso. Contou ainda que o companheiro teve uma crise de ciúmes e por isso, amarrou seus braços e pernas, e que também que teria lhe dado um soco, o que fez com que ela ficasse desacordada por 10 horas. E que durante esse tempo, o parceiro teria asfixiado a criança.
As investigações, no entanto, mostraram que um nova agressão teria acontecido contra o segundo filho do casal, de apenas dois meses de nascimento, em março de 2023.
Foi quando a mulher mudou a sua versão sobre o que tinha acontecido. Ela afirmou que o primeiro bebê tinha morrido de causas naturais. Com isso, ficou comprovada a má fé e que se tratava, segundo os policiais, de uma história que não condizia com a realidade.
O casal já possui um histórico de violência doméstica familiar. O homem, inclusive, está sendo denunciado pelo Ministério Público por crime de lesão corporal em situação de violência doméstica. O segundo filho do casal sobreviveu às agressões.