A unidade da Casemg de Capinópolis, como todas as demais unidades da empresa, vai fechar as portas no dia 28 de junho de 2019, por determinação do Governo Federal, onde o ex-presidente Temer, editou a medida normativa determinando a sua liquidação.
Tão logo houve a definição, a diretoria da empresa foi extinta, passando a ser administrada por um liquidante nomeado pelo Governo.
O gerente da unidade de Capinópolis, Sr. Márcio Abdala, afirmou que a empresa atualmente está com um estoque de 3.400 toneladas de milho e 8.100 toneladas de sorgo, que deverão ser retirados pelos seus proprietários para que a empresa possa receber a safra de soja que começa a ser colhida, porém com algumas orientações que os produtores rurais devem estar atentos.
Em primeiro lugar, todo o produto que estiver armazenado na Casemg deverá ser retirado até o final de junho. Se o proprietário não o fizer estará pagando uma sobretaxa de 100% do valor da armazenagem; serão recebidos entre 15 e 20 caminhões de soja no máximo por dia, pois não haverá expediente extra para os funcionários e nem a contratação de mais pessoal conforme sempre ocorreu e a soja deverá estar com umidade até 16%.
Para entregar a soja na Casemg o produtor precisa procurar antes a empresa e assinar um contrato, e já sabendo que o produto deverá ser retirado até o final de junho.
Quanto a uma possível venda das unidades, deverá vir a Capinópolis um avaliador para, em seguida, se determinar o valor de venda, para se proceder o leilão.
Wesley Barbosa, presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Capinópolis e da AproSoja Minas, diz ter recebido a notícia com tristeza, pois há uma grande falta de estrutura de armazenagem na região, mas por outro lado é uma grande oportunidade para os produtores locais se unirem para adquirir a Casemg, pois com uma pequena organização ampliará em muito sua capacidade de recebimento.
“É o momento de os produtores se unirem, pois a estrutura de armazenamento é fundamental para o sucesso do produtor rural”, disse Wesley.