A entrada do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), na Avenida Afonso Pena, Região Centro-Sul de BH, amanheceu, nesta quarta-feira (29/3), cheia de faixas e cartazes pedindo a condenação do promotor André Luís Garcia de Pinho. Ele é acusado de matar a esposa, Lorenza de Pinho.
O julgamento do caso foi retomado nesta manhã. O promotor também recebeu o apoio da família, que não acredita que ele tenha cometido o crime.
Um grupo de manifestantes pelos direitos das mulheres levou balões brancos e uma faixa com os dizeres: "Que todas as mulheres, não só hoje, mas todos os dias, sejam livres de qualquer violência e que não lhe sejam negados direitos à vida."
Aparecida Moreira de Oliveira Paiva é advogada especializada em feminicídio. Ela conta que o escritório em que trabalha, na Região de Venda Nova, faz um trabalho voluntário em favor das mulheres.
"Não estou aguentando mais ver tanto feminicídio. Viemos nos manifestar e queremos que a justiça seja feita. Que o promotor (André de Pinho) pague pelo que ele fez. Ele matou covardemente sua esposa", afirmou a advogada.
Ela disse que acompanha com preocupação o aumento de casos desse tipo de crime em Minas Gerais. "Ele está em todas as classes sociais, desde a mais alta até a mais baixa."
As manifestantes foram até a porta do TJMG prestar apoio à família de Lorenza. "Ela sofreu violência psíquica, física, econômica." A advogada afirma que, pelas provas presentes no inquérito, fica demonstrado que André de Pinho matou a esposa e espera que os desembargadores condenem o promotor pelo crime.
Apoio ao promotor
Os filhos do promotor André de Pinho também colocaram faixas na entrada do local manifestando apoio ao pai. Uma delas dizia: "Pai, temos certeza da sua inocência! Te esperamos em casa e precisamos de você!"