A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) foi notificada, na manhã desta segunda-feira (14), da decisão judicial que suspendeu o aumento da passagem do metrô. Com a suspensão, a passagem voltou a custar R$ 1,80.
Na última sexta-feira (11) a Justiça decidiu pelo fim do reajuste da passagem que, no mesmo dia, passou de R$ 1,80 para R$ 3,40, um aumento de 88%.
De acordo com a assessoria, os diretores da CBTU se reuniram nesta manhã para falar sobre a decisão. Não foi divulgado se a empresa pretende recorrer da decisão na Justiça.
Por meio de nota, a CBTU informou que para quem compra a passagem na bilheteria já custa R$ 1,80, mas para quem usa cartão o valor pode demorar um pouco a começar a valer.
“A mudança tem aplicação imediata para a compra direta de bilhetes unitários do Metrô, já para quem usa cartões eletrônicos (BHBUS e Ótimo) a alteração dependerá da atualização do sistema junto às operadoras que compõem o sistema de integração com o Metrô de BH.Todas as empresas conveniadas já foram informadas da decisão do Tribunal de Justiça de Minas”, informou a CBTU por nota.
Entenda o caso
O reajuste. O TEMPO adiantou com exclusividade a intenção da Companhia Brasileira de Trens Urbanos de reajustar a passagem em 88,8%.
Um dia depois, a CBTU admitiu que haveria o aumento e marcou para a última sexta-feira (11) o início da cobrança. Além de BH, Recife, Natal, João Pessoa e Maceió tiveram reajustes.
Indignação. Após o anúncio, uma série de protestos teve início. Durante toda a semana, movimentos sociais e o sindicato dos trabalhadores do metrô se reuniram no centro da capital.
Promotoria. Diante da repercussão, o Ministério Público de Minas instaurou uma “notícia de fato” – investigação preliminar – para apurar se o aumento de quase 89% é abusivo.
Suspensão. O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) suspendeu na última sexta-feira (11) o reajuste das tarifas do metrô de Belo Horizonte, que devem voltar a custar R$ 1,80.
O juiz Mauro Pena Rocha, da 4ª Vara da Fazenda Pública e Autarquias da comarca da capital, deferiu o pedido de liminar feito por meio de ação popular ajuizada pelo deputado federal Fábio Ramalho (MDB) contra o aumento.