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Cerca de 34% dos candidatos utilizam nome de bairro ou profissão em Uberlândia

Central de Jornalismo
Uberlândia / Foto: Christyam Lima

Dos 642 candidatos que disputam uma vaga no Legislativo de Uberlândia neste ano, 218 fazem referência, no nome de urna, ao bairro, profissão ou função social desempenhada. O número corresponde a 33,9% do total de concorrentes a uma cadeira na Câmara Municipal. Cargos religiosos, professores e “doutores” são os mais utilizados.

A contagem foi feita pelo CORREIO de Uberlândia com base nas informações do DivulgaCand 2016, plataforma online do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com informações sobre os candidatos de todo País.

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Os professores são os que mais fazem referência ao cargo no nome da urna. Dezessete concorrentes utilizam a profissão para se identificar. Logo atrás vem os que se destacam pela função de pastor evangélico, com 12 candidatos (dois deles optaram por usar a forma abreviada “Pr”).

Se somados todos os cargos correlatos, o grupo dos religiosos se iguala em número ao de professores. Além dos pastores, há dois missionários, um bispo, um presbítero e um padre. No entanto, se for considerado grupos de profissões, o maior é aquele composto pelos autoproclamados doutores: 18 candidatos utilizam a designação em nome de urna.

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Popularmente, são chamados de doutores profissionais das áreas de Saúde (médicos e dentistas), Direito (advogados, juízes e promotores), Engenharia e Veterinária. Dentre os candidatos “doutores” de Uberlândia, a maioria é composta por advogados (11), seguidos por médicos (3) e servidores públicos (2). Também há um fisioterapeuta e uma dentista.

Para o especialista em marketing político Diego de Souza Quadra, o apelo à profissão ou pronomes de tratamento é uma forma dos candidatos tentarem passar credibilidade. “As pessoas pedem por competência e o uso dessas atribuições, às vezes, pode trazer a ideia de que o candidato tem a capacidade de resolver problemas e dialogar”, afirmou.

Para cientista político, estratégia pode ser eficiente

Para o cientista político João Batista Domingues Filho, a utilização da profissão ou função social desempenhada no nome de urna do candidato a vereador pode ajudá-lo nas eleições municipais deste ano. O uso de nome do bairro também se encaixa nesta situação, segundo o especialista.

“Em eleições municipais, o eleitor escolhe pelo trivial, pelo que está mais próximo a ele. Consequentemente, o nome ligado ao cotidiano vai estar mais presente”, afirmou Domingues Filho. “Com tempo mais curto para campanha (em virtude da minirreforma eleitoral) e com menos dinheiro, a opção de recorrer a estas estratégias facilita a escolha”, disse o cientista político.

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Shopping Park é o nome mais utilizado por concorrentes

Também é tradicional, entre os candidatos a vereador de Uberlândia, aqueles que usam o local onde moram para compor o nome de urna. Neste ano, o bairro Shopping Park, na zona sul, foi o mais utilizado, com cinco candidatos destacando a ligação com a vizinhança. Morada Nova, na zona oeste, Morumbi e Tibery, na leste, também foram lembrados por um candidato cada.

“Principalmente para vereadores, o eleitor busca por alguém que esteja mais próximo ao seu dia a dia ou ao da vizinhança”, disse o especialista em marketing político Diego de Souza Quadra.

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