CAPINÓPOLIS, TRIÂNGULO MINEIRO – Produtores rurais, Sindicato Rural, Emater, IBGE, Secretaria de Agricultura, Câmara Municipal e representantes das empresas que comercializam insumos e produtos agropecuários na região estiveram reunidos na manhã desta segunda-feira, 9/5, em Capinópolis.
Segundo o presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Capinópolis e Cachoeira Dourada, Wesley Freitas Barbosa, a reunião envolvendo todos os atores do setor produtivo rural, se faz necessário para que se chegue a um acordo quanto a situação preocupante que atinge a “safrinha” de milho e sorgo, onde as perdas chegam a 90%, segundo levantamento apresentado.
“Não estamos aqui tentando salvar a pele somente do produtor rural, mas essa crise vai atingir o comércio, as oficinas mecânicas, postos de combustíveis, supermercados, e a própria arrecadação nas Prefeituras”, disse Cardoso, produtor rural presente na reunião.
Para os produtores, o caminho passa por uma renegociação e até mesmo prorrogação de contratos. Para as revendas, a pressão que vem das multinacionais pode provocar uma quebradeira geral, pois elas querem receber, sem olhar de imediato o problema vivido, onde algumas empresas querem a confirmação da quebra de “safrinha”, com os números oficiais após a colheita, que segundo alguns produtores não irá ocorrer.
“Vamos levar o assunto onde tiver que ser levado, pois o próprio governo federal deverá intervir nesta situação que não é exclusividade do Pontal, mas atinge o Goiás e também o Mato Grosso”, comentou Wesley.
Representando os produtores da região, o presidente do Sindicato de Capinópolis aguarda a decisão dos prefeitos dos municípios atingidos, para possam decretar “Situação de Emergência”, o que possibilitará, a abertura de uma negociação mais ampla e justa, junto aos Bancos que emprestaram dinheiro ao setor.
Nesta semana, todos os produtores da região que registraram perdas, estão levando ao Sindicato laudos técnicos para que se oficialize um documento a ser encaminhado às autoridades do setor, tendo nesse caso, a necessidade de intervenção da própria FAEMG – Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais.