VINÍCIUS LEMOS – REPÓRTER
Um abatedouro clandestino foi descoberto pela Polícia Militar (PM) de Meio Ambiente na tarde desse domingo (13), no bairro Santa Luzia, próximo à BR-050, na zona sul de Uberlândia. Na hora da abordagem, uma vaca estava sendo desossada e embalada para transporte e comercialização. No local foram encontradas ainda cinco carcaças de animais mortos, anteriormente, e uma vaca aparentemente doente, mas ainda viva. Uma pessoa foi detida e o dono do abate é procurado pela polícia.
A PM chegou ao local por meio de denúncia anônima de pessoas que viram uma movimentação considerada estranha em um terreno da rua Raul Pereira Carvalho. Quando os policiais chegaram ao lugar, um homem identificado como Pedro Inácio Loredo, de 46 anos, retirava o couro de um animal abatido, que estava suspenso de maneira improvisada, em uma árvore com cordas e correntes.
Segundo o suspeito, um homem chamado Wilson havia pedido a ajuda dele para o abate de uma vaca. Pedro Loredo disse ainda que, após o término do serviço, o contratante saiu para buscar almoço para ambos e não voltou. Com a informação do endereço do outro suspeito, a PM passou a fazer buscas, mas, até o fechamento dessa reportagem, ele não havia sido encontrado.
Uma vaca doente agonizava no terreno e os policiais encontraram um animal cortado e já ensacado para transporte, além de mais quatro carcaças, sendo duas no curral de um leilão que fica em frente ao local do abate e outras duas pelo terreno. Restos bovinos também foram encontrados na nascente de um córrego próximo do local, o que indica que o abatedouro funciona há tempos. “Os animais, aparentemente, estavam doentes e eram abatidos para venda da carne para consumo”, disse o sargento da PM, Eduardo Venâncio Rocha. O animal doente foi abatido e, com as carnes e restos bovinos, foi levado para o aterro sanitário.
A polícia ainda levanta informações sobre um caminhão que havia deixado o lugar pouco antes da chegada dos militares, provavelmente carregado de carnes e se há ligação entre os animais mortos no curral do leilão e o abate clandestino ou se o lugar foi usado irregularmente pelo responsável pelo abatedouro.